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domingo, 25 de março de 2012

Sou Ativista. Estou Viva!

Gramsci: Os Indiferentes



"Os Indiferentes" é um texto clássico do marxista italiano Antonio Gramsci publicado originalmente em "La Città Futura", em fevereiro de 1917, e que permanece extremamente atual.


Antonio Gramsci

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam frequentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e, às vezes, os leva a desistir de gesta heroica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às consequências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu ceticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes, também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

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Não seja cúmplice de assassinatos e maus-tratos a animais!



No mundo todo, bilhões de animais sofrem em fazendas industriais, em condições extremas de confinamento, privados de ar fresco e da luz do sol. A tendência é que este número se multiplique. 


Antes de conseguirmos mudanças de hábitos alimentares, é preciso garantir para esses animais boas práticas de criação, para que seu sofrimento seja reduzido.


Ajude a acabar com esta atrocidade!



Março 2012 WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal



Prezado(a) Internauta,


No ano passado, solicitamos que você fizesse um apelo ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, para que considerasse o bem-estar animal na agenda daConferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Agora incentivamos você a encaminhar uma mensagem para a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira [link] , solicitando que ela assista o vídeo e se manifeste a favor do bem-estar dos animais de produção na Rio+20.


Bilhões de animais sofrem em fazendas industriais, em condições extremas de confinamento, privados de ar fresco e da luz do sol. A tendência é que este número se multiplique.


Ajude-nos em nosso apelo à Ministra para que ela assista ao vídeo e se manifeste a favor das boas práticas na criação de animais, durante a Rio+20, que acontece em junho deste ano no Rio de Janeiro. Com esta atitude, a Ministra poderá também influenciar vários países a adotarem métodos mais humanitários de criação.

Envie agora mesmo a sua mensagem para o Ministério do Meio Ambiente!

O Brasil deve se manifestar em defesa de métodos mais humanitários e inteligentes de tratamento aos animais. Precisamos mostrar a outros líderes mundiais que já existem métodos economicamente vantajosos para sistemas de criação mais humanitários. Nossos governantes devem apoiar modelos de fazendas que sejam benéficos aos animais, às pessoas e ao planeta como um todo.

Vamos mostrar às nossas autoridades que nós, cidadãos brasileiros, queremos com urgência a adoção de práticas humanitárias na criação de animais para o futuro sustentável do nosso planeta!

Temos que agir imediatamente, caso contrário, os métodos intensivos de criação de animais irão continuar crescendo, acarretando mais sofrimento a bilhões de animais de produção.

Clique AQUI, veja e compartilhe o nosso vídeo com o Ministério do Meio Ambiente.


Muito obrigado pelo seu apoio.


WSPA Brasil - Sociedade Mundial de Proteção Animal


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