Tradutor

domingo, 18 de novembro de 2012

Palestina: Estamos Todos Indignados!



                                        Israel: Estado Terrorista!



ÓDIO E NEGÓCIOS


Laerte Braga

Estão juntos na barbárie nazi/sionista contra palestinos. O ódio bíblico da presunção de superioridade racial, de missão divina, os “negócios”, nos saques e na pirataria contra vidas e riquezas palestinas. Pior. Esse ódio e esses “negócios” se espalham pelo mundo no cinismo que caracteriza os sucessores de Hitler.

“Vamos levar Gaza de volta à Idade Média”. Foi a declaração de um dos ministros do gabinete terrorista de Tel Aviv. Ficou estampada em todos os jornais do mundo. Não havia como esconder. Os vídeos e fotos de corpos de crianças, mulheres, idosos mortos na insanidade fingida, na falsa indignação de quem ocupa terras alheias são universais e se incorporam à História da crueldade em todos os tempos.

Os ataques de Israel contra Gaza são crime de genocídio e têm o apoio de nações como os Estados Unidos e sua principal colônia na União Européia, a Grã-Bretanha. O sangue de palestinos corre por todo o mundo despertando a revolta de seres humanos que ainda se mantêm como tal.

Os corpos estendidos, os olhares aflitos, a dor, a revolta, são da incompreensão de tanto ódio, de tantos “negócios”.


O governo terrorista de Israel se apropriou de terras e águas palestinas. No caso da água, uma empresa sionista explora o bem em terras palestinas e cobra o dobro de palestinos. São ladrões contumazes ao longo da história. E curiosamente o Alcorão proíbe a cobrança de juros. É uma diferença abissal entre o ódio e os “negócios” e simplicidade de pastores de ovelhas, agricultores expulsos de suas terras, cercados por um muro e atemorizados por batalhões de homens bestas, ou bestas-feras armados até os dentes e sem o menor brilho humano nos olhos.

Em Gaza os palestinos vivem da produção de flores e frutas, entre outras atividades primárias, mas ricos em sua essência. As flores estão sendo mortas e não estão “vencendo canhões”.




Parar com esse horror? Basta que os chamados grandes queiram fazê-lo. Israel deixou de ser um direito de um povo – a despeito dos protestos de judeus em todo o mundo contra o seu governo – para se transformar naquilo que Einstein, ainda no final da década de 40 e início da década de 50, previa. Criminosos no governo.

É uma falácia a afirmação que foguetes do Hamas atingem Jerusalém. São rojões perto do arsenal químico (fósforo branco) e nuclear dos terroristas de Tel Aviv. Ou de Treblinka, difícil dizer a diferença.

É inexplicável o silêncio de governos do Egito, da Jordânia, dos países muçulmanos diante do massacre inaceitável. É um silêncio que soa como punhalada.

Nicolas Sarkozi quando presidente da França propôs ao Parlamento de seu país que em nome da liberdade proibisse o uso da burca em público. São perto de duas mil mulheres que usavam a burca em público em toda a França. Duas mil mulheres condenadas a permanecer em suas residências, trancafiadas. Há milhões de religiosos que usam hábitos de suas religiões em público, se escondem em fantasias mil e nenhuma lei para garantir a liberdade, ou “tradições libertárias”, como chegou a falar o ex-presidente.

Uma perfeita análise do preconceito está no livro VIVENDO O FIM DOS TEMPOS do marxista Slavoj Zizek, um dos mais conceituados pensadores da atualidade.

A luta palestina é a de todos os oprimidos do mundo.

Desligue a GLOBO e toda a mídia podre de mercado que domina a informação no Brasil. Para servir aos seus patrões não se importam de sujar as mãos de sangue em nome do lucro e mostrar uma face, só uma face, daquilo que chamam “terrorismo”. Escondem o verdadeiro terror.

O das elites políticas e econômicas que recheadas de dinheiro sionista se alastram pelo Brasil.

É de Washington Luís a frase “ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”. Ou acabamos com o tratado de livre comércio firmado pelo equilibrista Luiz Inácio Lula da Silva e o governo de Israel, ou o sionismo que chega com o código de barra 7 29 (os três primeiros números) e toma conta, como está tomando, do Brasil.

Não há limites para a crueldade sionista e o expansionismo é uma realidade.

Está longe, muito longe, da moça Rebeca salva por Ivanhoé dos templários de sir Bois de Guilbert, no romance de Walter Scott. Não existe isso mais. O ódio ficou congelado e é despejado em cima de inocentes na Palestina.

É ódio e são “negócios”

A judiação imposta ao povo palestino só encontra paralelo nos campos de concentração do III Reich.

Vivemos o apogeu insano do IV Reich.

Começam a soprar ventos de insatisfação nos EUA. Nem os norte-americanos aguentam mais tanta violência e tanta crueldade.

Bem fez Chávez que, em 2006, percebendo o perigo da suástica transformada em cruz de Davi, expulsou de seu país todo o corpo diplomático israelense da Venezuela.

Não basta pedir paz. Que paz? Há que ter liberdade para a Palestina. O Estado Palestino como decidido pela ONU.

Há que se cumprir as mais de 50 resoluções da ONU que condenam Israel por práticas terroristas, tais como uso de força excessiva (eufemismo para barbárie), armas químicas, biológicas, tortura, estupros, assassinatos seletivos.

Israel nunca quis a paz e quando a paz se ofereceu Israel matou seu próprio líder, Itzak Rabin. Atribuíram o crime a um “fanático” judeu. Se sabe hoje era um agente da MOSSAD abrindo caminho para os terroristas à frente Ariel Sharon.

A sanha bárbara e terrorista de Israel quer terras, quer negócios, quer juros nos seus bancos, usa a bíblia como escudo, no fundo têm a convicção que são superiores.

Superiores, sim. Na insanidade.




ooooooooooo


*

Tragédia republicana: o partido da mídia golpista


"Onde mais estará a tragédia republicana? Em uma oposição sem rumo, nau soprada pelos ventos dos empresários da Comunicação, ou em uma mídia que assume o papel de partido político, renunciando ao seu ofício primário de informar? A essa altura ainda será possível (mesmo aos ingênuos de carteirinha) identificar o dever/direito de informar como a missão da imprensa, ou isso é mesmo uma só balela, das muitas que nos pregam, como a 'isenção' da Justiça e do Estado na sociedade de classes?"




O Brasil real e a imprensa nativa: um desencontro marcado

Roberto Amaral

“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].

                           Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais


Em qualquer análise à nossa grande imprensa (ela prefere chamar-se de "mídia"), lamentável é a necessidade de repetir, cem vezes repetir e continuar repetindo, que o objeto de nossos "meios" não é informar (já ninguém cobra isenção), mas manipular a informação, e fazê-lo de forma aética, porque escondida, negada, negaciada. A grande imprensa, senhorial, travestida no papel de vestal, toma partido, distorce os fatos segundo seus interesses econômico-políticos, posando de imparcial. Aliás, penso que a questão de fundo já não é a manipulação, o partis pris, mas a insistência em apresentar-se como isenta, na tentativa de conquistar abono social para sua má conduta. Julga-se acima do bem e do mal, acima das leis e do Estado, mas, ao contrário da mulher de César, não é séria, nem parece ser séria.


O operador Marcos Valério. Foto: Agência Brasil
É clássico, conhecido até pelos alunos dos primeiros períodos dos cursos de Comunicação Social (meus alunos pelo menos sabiam), o mecanismo de construção da realidade mediante a criação de "fatos", pois, "real" não é o evento assim como ocorreu, mas o evento narrado (a "notícia"), real ou não. Entre nós, esse processo já virou prática cediça, e, uma vez conhecido, a mais ninguém engana. Funciona assim: um órgão da auto-intitulada "grande imprensa" veicula um texto criado em sua "cozinha" a partir de simplesmente nada ou de ilações, o que dá no mesmo, e nos dias imediatos, cada um à sua vez, os jornalões seguem repetindo aquela matéria já como se ela fosse uma "notícia", e o "fato", isto é, a matéria inventada, passa a ter vida. Em regra, ou a "denúncia" é lançada por um jornalão e replicada na revistona, ou começa na revistona (é o caso recente) e termina nos jornalões. Termina, em termos. Pois essas matérias, de extrema falsidade, de um jornalismo que, se tivesse cor,  seria a marrom, não foram criadas como obra jornalística, mas simplesmente para alimentar ações políticas, de uma oposição sem capacidade de criar fatos, como docemente nos informa dona Maria Judith, com a alta responsabilidade de presidente da ANJ. Aí, então, eis o ritual, um indefectível senador, sempre presente na mídia televisiva, aparece denunciando a "gravidade dos fatos apontados pela mídia", e sua "denúncia" volta a alimentar a mídia.

Quais são os fatos, desta feita?

A revistona, em edição de setembro último, com base numa conversa que o Sr. Valério teria tido com uma terceira pessoa não identificada, afirma, em matéria de capa, que o ex-presidente Lula comandava o "mensalão". A "reportagem", como previsto, vira notícia nos jornalões, nos quais é repetida sem nada lhe haver sido acrescentado, a não ser pelo Estadão (manchete), ao aduzir que o inefável Valério, em depoimento que teria dado ao Ministério Público Federal (inquérito que não tem o mínimo trecho transcrito), teria citado Lula, Palocci e Celso Daniel, relembre-se, o prefeito de Santo André assassinado em 2002, fato volta e meia retomado pela mídia com lances de sensacionalismo. Segundo o jornalão paulista o Planalto teria pedido a ajuda dos cofres de Valério para calar pessoas que não identifica, as quais estariam fazendo chantagem contra quem não diz. A seguir, a pauta volta para a revista.

Sem citar fonte, como sempre, Veja, a inexcedível, "descobre", na edição seguinte, que os chantageados seriam o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho. E volta o carrossel da irresponsabilidade jornalística: a "matéria inventada" vira notícia reproduzida por Estadão, Globo e FSP, até o momento em que um hoje obscuro deputado pernambucano asilado em SP é filmado no protocolo do Ministério Público, em Brasília, pedindo abertura de inquérito contra o ex-presidente.

A propósito dessa manipulação grosseira que procurei descrever em poucas linhas, chega-nos em nosso socorro a jornalista Suzana Singer, a ombudsman da FSP, em sua coluna de 11 do corrente, acusando, com sua autoridade, a imprensa de servir de porta-voz do Sr. Valério, ao reproduzir, sem critério e acriticamente, os recados "ameaçadores" do operador do chamado "mensalão". Estariam, assim — as palavras são minhas–, o vetusto Estadão e seus colegões participando de uma chantagem?

Cedo a palavra à brava Suzana:

“É fundamental também deixar claro para o leitor que o empresário mineiro [Valério] não falou com a imprensa – a Veja não diz que o entrevistou, o Estado não publicou transcrições do depoimento e a Folha reproduziu os concorrentes”.

Eis o corpus delicti de nossa imprensa.

Onde mais estará a tragédia republicana? Em uma oposição sem rumo, nau soprada pelos ventos dos empresários da Comunicação, ou em uma mídia que assume o papel de partido político, renunciando ao seu ofício primário de informar? A essa altura ainda será possível (mesmo aos ingênuos de carteirinha) identificar o dever/direito de informar como a missão da imprensa, ou isso é mesmo uma só balela, das muitas que nos pregam, como a "isenção" da Justiça e do Estado na sociedade de classes?

A construção também se dá pelo inverso: a imprensa altera favoravelmente os fatos que lhe desagradam. Na cobertura das últimas eleições, construindo, como “o recado das urnas”, a existência de uma oposição reanimada no Norte-Nordeste (manchete de O Globo, 30.10.2012), ou escolhendo como vitorioso o senador Aécio Neves, papagaio de pirata das vitórias do PSB. O mesmo O Globo, já antes, em 2010, dera exemplo primoroso dessa alienação ao garantir, em caderno especial, que o governo Lula havia sido um total fracasso, muito embora a realidade (ora, a realidade…) mostrasse o presidente com aprovação superior a 80%… Se não podemos mudar a realidade, dir-se-ão os editores do jornal, podemos pelo menos negá-la. Os veículos mais desapegados da realidade (falo da revista paulista e do diário carioca) parecem tratar seus leitores como aquele protagonista de "A vida é bela", que ilude seu filho colorindo-lhe o mundo, para que ele não perceba o contexto em que está vivendo (a dura realidade de um campo de concentração).

Perguntará um rodriguiano "idiota da objetividade": — Mas é possível os meios de comunicação desconsiderarem a opinião pública? Respondo-lhe: esse trabalho político-ideológico é apoiado em um tratamento da informação como um "produto", que visa a um nicho específico do mercado; a família Marinho, por exemplo, oferece, por meio do "Jornal Nacional" (TV Globo), do Globo, da Globonews e do Valor, diferentes produtos, cada um matizado em função do público-alvo. O jornal impresso atende a algo como 300 mil pessoas que partilham, grosso modo, de valores semelhantes àqueles esposados pela cúpula do partido, isto é, da imprensa. Cada um fala à sua militância.

Na vida real, todavia, não há como iludir os eleitores: o ex-presidente deixou o poder consagrado, enquanto seu antecessor posa como um rei no exílio; Dilma foi eleita e os partidos da base do governo ganharam algo como 16 das 26 capitais em disputa, e, entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, e Natal, Recife, Fortaleza e São Luiz no Nordeste.

Às vezes é duro encarar os fatos.

CartaCapital

*