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sábado, 10 de dezembro de 2011

Mulheres ativistas recebem Nobel da Paz



No dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas completa 63 anos, três mulheres ativistas da defesa das mulheres e dos direitos humanos receberam em Oslo o Prêmio Nobel da Paz.


Nobel da Paz é entregue a três mulheres em Oslo

Presidente da Libéria e duas ativistas de direitos humanos receberam prêmio neste sábado; primeira vez na história que premiadas são todas mulheres


A cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2011 se transformou neste sábado em uma homenagem à luta das mulheres de todo o mundo e aos movimentos populares da chamada Primavera Árabe. O prêmio foi entregue à presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, à sua compatriota Leymah Gbowee e à iemenita Tawakkol Karman. É a primeira vez na história que o prêmio é atribuído a três mulheres.

As três foram agraciadas pelo comitê "por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e seus direitos a uma participação plena no trabalho de construção da paz". As mulheres foram um dos temas principais dos discursos das vencedoras do prêmio, incluindo aquelas que, "com sua luta privada e silenciosa, ajudaram a formar nosso mundo".



                   Tawakkol Karman (esq), Leymah Gbowee e Ellen Johnson Sirleaf
                                 posam com o prêmio. Foto: Reuters.


"Vocês representam uma das forças motrizes mais importantes das mudanças no mundo de hoje: a luta pelos direitos humanos em geral e a luta das mulheres pela igualdade e pela paz, em particular", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, antes de entregar o prêmio. "Vocês dão sentido ao provérbio chinês, que diz que as mulheres sustentam metade do céu", acrescentou.


Vestidas com trajes tradicionais - as liberianas com vestidos africanos coloridos, enquanto Tawakkol Karman usou um hijab colorido - as vencedoras receberam o Nobel sob os aplausos dos presentes, que incluiu a família real da Noruega.


Premiadas


Ellen Johnson, de 73 anos, foi a primeira mulher eleita democraticamente chefe de Estado de um país africano, a Libéria, que sofreu 14 anos de guerras civis que fizeram 250 mil mortos. “O fato de que duas mulheres liberianas estejam aqui hoje para partilhar o pódio com uma irmã vinda do Iêmen mostra o caráter universal do nosso combate”, sublinhou Sirleaf no seu discurso.


Dirigindo-se às mulheres do mundo inteiro, Sirleaf desafiou-as a fazerem-se ouvir: “Falai! Levantai a voz! Que a vossa voz seja a da liberdade!”, exortou. Leymah Gbowee, de 39 anos, é uma assistente social liberiana que organizou o movimento pacífico de mulheres que, com a ajuda de uma original greve de sexo, contribuiu para por fim à segunda guerra civil na Libéria, em 2003.


A jornalista iemenita Tawakkol Karman, de 32 anos, é a primeira mulher árabe a receber o Prêmio Nobel da Paz. Foi distinguida por ter sido uma das figuras de proa da Primavera Árabe no seu país, um movimento que levou ao período de transição para que o presidente Ali Abdullah Saleh abandone em fevereiro próximo o poder que ocupa há 33 anos.


Tawakkol lamentou a relativa indiferença do resto do mundo em relação à revolução iemenita. "O mundo democrático, que nos falou muito dos valores da democracia e da boa governança, não deve ficar indiferente ao que está acontecendo no Iêmen e na Síria".


O Prêmio Nobel é constituído por uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1 milhão de euros) repartido em três partes iguais pelas vencedoras. Neste sábado, em Estocolmo, a cerimônia também envolve outras categorias do Prêmio Nobel. Ainda são contemplados os vencedores de Literatura, Química, Física, Medicina e Economia.


*com EFE e Agência Brasil


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