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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Yoani denuncia a "satanização" de que é vítima


Graças à atuação desastrosa dos esquerdinhas baderneiros em Recife e Feira de Santana, cerceando a liberdade de expressão da blogueira cubana Yoani Sánchez com um festival de ofensas, grosserias e acusações, e impedindo que a ativista se manifestasse devidamente, Yoani acabou sendo convidada a ir a Brasília hoje à tarde, onde pôde falar na Câmara dos Deputados com relativa tranquilidade e esclarecer alguns pontos obscuros.

A cidadã cubana se declarou contra o embargo econômico promovido pelos Estados Unidos contra Cuba. E também criticou Guantánamo. E defendeu a libertação de 5 presos cubanos nos Estados Unidos.

Yoani comentou a "satanização" de que é vítima em Cuba. A nosso ver, essa "demonização" é promovida também em alguns setores autodenominados "progressistas" da blogosfera brasileira.

                                                                                              Facebook de Yoani


No Congresso, Yoani diz que é satanizada

Blogueira cubana afirmou que teve o "dia mais louco de sua vida" e criticou embargo econômico a Cuba

Jailton de Carvalho e Cristiane Jungblut



Yoani é recebida pelo deputado Otávio Leite (PSDB/RJ) em sua chegada a Brasília

para visita à Câmara dos Deputados, onde debateu liberdade de expressão. 
Foto: André Coelho

BRASÍLIA - Depois de enfrentar protestos em Salvador e no Recife, a blogueira cubana Yoani Sánchez afirmou que teve o “dia mais louco de sua vida” após uma sessão de desagravo no Congresso brasileiro, na tarde desta quarta-feira. Após uma chegada tumultuada, em que foi acompanhada por parlamentares e curiosos, Yoani discursou contra a censura política e disse que vem sendo satanizada desde que criou seu blog, o Generación Y. Ela criticou ainda a carestia, a escassez e a falta de liberdade para manifestação política em Cuba. Às 15h30m, a dissidente partiu para o aeroporto, rumo a São Paulo, e afirmou que está exultante com a recepção que teve no Congresso.

- Este é o dia mais louco da minha vida. Eu pensava uma coisa e aconteceu outra - disse a blogueira antes de deixar o local.

Yoani confirmou que tem uma agenda enorme no país, mas que não se sente cansada. Ela, que pretende voltar ao país em breve, afirmou que o “brasileiro tem adrenalina, vitamina”.

Após a sessão, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) reforçou a crítica aos que se manifestaram contra a blogueira. Segundo ele, a viagem dela ao Brasil representa uma oportunidade de reforçar o movimento contra o bloqueio econômico imposto a Cuba e pela liberação dos presos cubanos nos Estados Unidos.

- Eles (os críticos) estão gastando energia na direção errada - disse.

Durante a sessão, em resposta ao deputado Glauber Braga (PSB-RJ), Yoani se manifestou contra o bloqueio econômico dos Estados Unidos a seu país e contra a prisão na Baía de Guantánamo. A blogueira também defendeu a libertação de cinco presos cubanos nos EUA, que estariam sem direito a visitas.

- Cuba não é um partido, não é uma ideologia, não é um homem. Cuba é a diversidade, com muitas flores - disse Yoani.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) voltou a cobrar explicações do governo brasileiro e do embaixador cubano sobre uma reunião em que teria sido entregue um dossiê sobre a blogueira, durante a qual teria sido preparado um esquema de investigação da blogueira em sua viagem pelo Brasil. Ele afirmou que está tentando agendar uma viagem dela a Curitiba.

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) disse que Yoani é “simples, honesta e talentosa como escritora”. Ele criticou os grupos que a acusam de estar sendo financiada pela CIA.

- Se tem a mão da CIA em algum ponto desse processo, o que eu não acredito, seria mais uma ação dessas turmas fascistoides - disse Sirkis.

Um grupo de aproximadamente 30 militantes do Comitê de Defesa da Revolução Cubana e outras entidades foi proibido de entrar na sala da comissão de Constituição e Justiça, para acompanhar os debates. Segundo o segurança, só poderiam entrar funcionários e jornalistas credenciados na sala. Do lado de fora, o grupo gritou palavras de ordem contra a blogueira.

Tumulto na chegada ao Congresso

Houve confusão na chegada de Yoani ao Congresso. A entrada do prédio ficou tomada de parlamentares e curiosos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro Dias Toffoli, do STF, passaram quase despercebidos. Já o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deixou a Casa minutos antes da chegada da blogueira, alegando que iria gravar um vídeo para seu partido. Por isso, quem presidia a sessão na sua chegada era o deputado Simão Sessin (PP-RJ).

A blogueira foi recebida por parlamentares da oposição, como os líderes do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), e do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Yoani seguiu para o Plenário, com uma legião de parlamentares, curiosos e fotógrafos no seu encalço. A entrada da cubana no Plenário gerou mais confusão, porque estava ocorrendo uma sessão extraordinária para votar a MP 582. Os parlamentares reclamaram que a sessão foi mantida, e ela teve que ir para uma comissão temática da Casa.

Indagada se estava satisfeita com a viagem ao Brasil, ela disse que mesmo com manifestações de ontem estava feliz.

- Era tudo que eu esperava multiplicado por dez.


O Globo Online, com adaptações.

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Yoani Sánchez: "Não me assustam os repressores!"



LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Ao promover agressões verbais e barulhaço, impedindo que a blogueira dissidente cubana, Yoani Sánchez, expusesse seus pontos de vista sobre o regime cubano e respondesse as acusações que lhe fazem, os "geniais" representantes da esquerda burra e mal-educada simplesmente acabaram por proporcionar um prato cheio e enorme de munição aos rola-bostas da direita raivosa, na mídia e no parlamento.
Yoani não se deixou intimidar, administrou bem os insultos e quase linchamento que vivenciou em Pernambuco e na Bahia, e acabou recebendo um convite para ir a Brasília, para falar em comissão na Câmara.
Antes de deixar Salvador, a polêmica blogueira declarou ao portal G1:

“Saio da Bahia bastante satisfeita. Não me importei com os protestos. Respeito a liberdade de expressão. Os abraços da Bahia foram mais quentes que os insultos e eu não dou adeus à Bahia, dou um até logo...”
Muitos que criticam a blogueira, que, aliás, escreve muitíssimo bem, jamais tiveram o cuidado de pelo menos conhecer o seu blog - o Generación Y - e se limitam a repetir mecanicamente, ad infinitum, as críticas dos defensores do regime que vigora na ilha.


Abaixo, o post de ontem do blog de Yoani, onde ela comenta as agressões que sofreu por parte de um "piquete de extremistas".

Podiam ter passado sem essa!...


O velho ato de repúdio


Talvez vocês não saibam – porque não se conta tudo num blog – porém o primeiro ato de repúdio que vi na minha vida foi quando só tinha cinco anos. A agitação no casarão chamou a atenção das duas meninas que éramos minha irmã e eu. Assomamos a grade do corredor estreito para olhar para o piso de baixo. As pessoas gritavam e levantavam o punho em volta da porta de uma vizinha. Com tão pouca idade não tinha a menor ideia do que se passava. Mais ainda, quando agora relembro o acontecimento apenas tenho a recordação do frio do corrimão nos meus dedos e um curto instante dos que vociferavam. Anos depois pude ordenar aquele caleidoscópio de evocações infantis e soube que havia sido testemunha da violência desatada contra quem queria emigrar pelo porto de Mariel.

Pois bem, desde aquilo tenho vivido então vários atos de repúdio de perto. Seja como vítima, observadora, ou jornalista… Nunca – vale a pena esclarecer – como participante. Recordo um especialmente violento que experimentei junto às Damas de Branco, onde as hordas da intolerância nos cuspiram, empurraram e até puxaram os cabelos. Porém o de ontem à noite foi inédito para mim. O piquete de extremistas que impediu a projeção do filme de Dado Galvão em Feira de Santana era algo mais do que uma soma de adeptos incondicionais do governo cubano. Todos tinham, por exemplo, o mesmo documento – impresso a cores – com uma fieira de mentiras sobre minha pessoa, tão maniqueístas como fáceis de rebater numa simples conversação. Repetiam um roteiro idêntico e guiado, sem ter a menor intenção de escutar a réplica que eu poderia lhes dar. Gritavam, interrompiam, num momento tornaram-se violentos e de vez em quando exibiam um coro de palavras de ordem dessas que já não são ditas em Cuba.

Contudo, com a ajuda do Senador Eduardo Suplicy e a calma ante as adversidades que me caracteriza, conseguimos começar a falar. Resumo: só sabiam berrar e repetir as mesmas frases, como autômatos programados. Assim a reunião foi muito interessante. Eles tinham as veias do pescoço inchadas, eu esboçava um sorriso. Eles me faziam ataques pessoais, eu conduzia a discussão ao nível de Cuba que sempre será mais importante que esta humilde servidora. Eles queriam me linchar, eu conversar. Eles obedeciam a ordens, eu sou uma alma livre. No fim da noite sentia-me como depois de uma batalha contra os demônios do mesmo extremismo que atiçou os atos de repúdio daquele ano oitenta em Cuba. A diferença é que desta vez eu conhecia o mecanismo que fomenta estas atitudes, eu podia ver o longo braço que os move desde a Praça da Revolução em Havana.

Tradução e administração do blog em língua portuguesa por Humberto Sisley de Souza Neto



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Enfim, a esquerda boçal deixou Yoani Sánchez falar


LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Precisou que as autoridades baianas colocassem policiais civis e militares para escoltar a cidadã cubana Yoani Sánchez, que legalmente visita o Brasil, para que a turba que só faltava linchá-la se acalmasse e assumisse um mínimo de equilíbrio e compostura.

Houve protestos, gritos e tumulto, claro, no debate que aconteceu ontem em Feira de Santana (BA), mas finalmente a mundialmente famosa blogueira cubana Yoani Sánchez conseguiu responder algumas indagações e esclarecer posições críticas que tem sobre o regime cubano, que combate.

Entre outras coisas, vejam só, ela declarou que quer uma imprensa livre em Cuba:

“Não uma imprensa que traga meus rancores com o governo, sobre o que já vivi, mas uma imprensa livre, séria e objetiva, que informe com qualidade, mas que também possa opinar livremente e levar a discussão das questões a todos”, disse sobre o seu "sonho", como chamou.

Alguém pode ser contra isso?

Nós, aqui, do Abra a Boca, Cidadão! somos a favor e aplaudimos sua iniciativa.

Liberdade de Expressão é garantia constitucional. Esses esquerdinhas aloprados só fazem, com tais freges, comprometer a imagem da esquerda séria e verdadeiramente progressista.

Leiam mais, abaixo, sobre o debate que finalmente aconteceu e vejam também a Nota de Repúdio às agressões sofridas pela blogueira, divulgada pela Associação Bahiana de Imprensa.

                                                                                Facebook de Yoani Sánchez


Yoani Sánchez afirma desejo de criar um "meio de imprensa livre" em Cuba


Blogueira cubana participou de um debate que reuniu cerca de mil pessoas. Evento foi marcado por uma plateia formada por simpatizantes e opositores.


Yoani Sánchez participa de debate em ginásio em Feira de Santana, na Bahia 
(Foto: Egi Santana/G1)

A blogueira Yoani Sánchez afirmou o desejo de criar "meio de imprensa livre” em Cuba durante o debate realizado no ginásio de uma faculdade particular em Feira de Santana nesta quarta-feira (19) à noite, o último compromisso na primeira cidade que visita depois de deixar a ilha caribenha beneficiada com a reforma migratória.

Mais de mil pessoas, entre estudantes, militantes e membros da sociedade civil, participaram do evento, que durou pouco mais de uma hora. Para ela, a experiência de percorrer pelo menos 12 países em 80 dias, como pretende, trará conhecimento para ela tentar implantar um veículo de comunicação no território cubano.


Opositores a blogueira compareceram ao debate (Foto: Egi Santana/G1)

“Não uma imprensa que traga meus rancores com o governo, sobre o que já vivi, mas uma imprensa livre, séria e objetiva, que informe com qualidade, mas que também possa opinar livremente e levar a discussão das questões a todos”, disse sobre o seu "sonho", como chamou.

Mais uma vez, Yoani ouviu muitos gritos de protesto como "Viva Fidel" e "Viva a revolução" em sua passagem pela Bahia e, desta vez, também aplausos dos que foram favoráveis ao discurso.

Yoani comentou sobre a influência do blog "Generación Y", em que é autora, na sua formação de cidadã. “Esse blog mudou minha vida, me fez uma cidadã melhor, me fez compreender a magnífica capacidade do ser humano para exercer a solidariedade. A solidariedade, por exemplo, de todos os tradutores voluntários que traduzem o meu blog a 20 línguas. O problema é que o sistema que está acostumado a ordenar a solidariedade não entende as espontaneidades”, completou.


Divergências

A estudante de medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Ana Karen, disse que já passou um mês em Cuba para viver a experiência do sistema de saúde da ilha.

“Acredito que os cubanos chorariam ao ouvir as críticas que essa senhora [Yoani] está aqui a dizer. Eu convido qualquer pessoa que esteja nesse local para ir a Cuba e vivenciar o que é o processo da revolução cubana”, criticou. Na opinião da estudante, o regime político cubano deu certo, mas não teria prosperado por conta das sanções econômicas. Em sua pergunta à blogueira, ela questionou a relação de Yoani com seus financiadores, como referenciou.



Debate com Yoani Sánchez em Feira de Santana, na Bahia 
(Foto: Egi Santana/G1)

Por outro lado, Alcilene Bandeira, que também contou ter vivido na ilha, classificou o modelo de governo como tirano e excludente. “Quem vê de longe acha lindo e maravilhoso. Quando eu estive lá, através do Centro Latino de Educação Sexual, os turistas não podiam ficar perto dos cubanos. Foi tirada a liberdade dos cubanos. Foi tirada a alma, porque a alma, a liberdade, cria, constrói”, opinou.

Ela perguntou à blogueira se os nativos ainda são retirados dos locais por conta da presença de turistas. A blogueira respondeu: “Somente em 2008, nós, cubanos, pudemos nos hospedar, em mais de quatro décadas, em hotéis do país. Isso era como um apartheid doloroso, sofrido, que ninguém denunciava. Com isso, terminou uma segregação em uma parte, mas não todo. Por exemplo, há algumas zonas políticas que os cubanos continuam impedidos de se hospedar em hoteis”, disse.



Yoani Sánchez participa de debate em ginásio em Feira de Santana, na Bahia 
(Foto: Egi Santana/G1)

Filme


A blogueira cubana Yoani Sánchez
desmarcou o tour que faria em Salvador e adiou o horário de ida a São Paulo, ambos compromissos previstos para a quarta-feira (20), para comparecer à Câmara dos Deputados, em Brasília, onde deve assistir ao filme "Conexão Cuba-Honduras", do cineasta Dado Galvão.

A exibição seria feita na segunda-feira (19), no espaço Parque do Saber, em Feira de Santana, mas foi cancelada. Antes, um grupo protestou em defesa do regime político em Cuba e contra a postura da blogueira.

A sessão ocorrerá ao meio-dia, no plenário 1 da Câmara. O convite foi formalizado pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). “Entendemos que esse assunto deveria ser debatido dentro desta Casa. Não é possível que ela [Yoani] não tenha conseguido, até o presente momento, se colocar em razão das ofensas. Ela tem sofrido um verdadeiro corredor polonês, está sendo impedida de manifestar o que ela veio dizer aqui no Brasil”, enfatizou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (PSDB-SP).


G1

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ABI repudia manifestações que tentam calar a jornalista cubana Yoani Sánchez

As manifestações de membros do PT e do PCdoB contra a jornalista cubana Yoani Sánchez, em Feira de Santana, impedindo-a de falar, receberam, nesta terça-feira (19/2), o repúdio da Associação Bahiana de Imprensa, que divulgou nota lamentando o ocorrido.

Diz a nota da ABI:

A Associação Bahiana de Imprensa - ABI - instituição com 82 anos de existência dedicando-se à defesa da liberdade de expressão do pensamento, repudia veementemente as manifestações anti-democráticas com que alguns grupos, usando de violência verbal, agridem a jornalista cubana Yoani Sánchez que ora visita a Bahia.

Ao invés de tentar silenciá-la, é preciso louvar os seus esforços em favor dos Direitos Humanos e auto-determinação dos povos, a começar pela liberdade de comunicação e pelo respeito ao direito de ir e vir, condições inerentes às sociedades modernas e civilizadas.

Daí a necessidade de que, à jornalista Yoani Sánchez, sejam asseguradas plenas condições para a exposição de suas ideias e informações, impedindo-se os atos de intolerância daqueles que abominam o contraditório, por não entendê-lo, ou não o desejarem como uma forma de aprimoramento da democracia.


A nota é assinada pelo presidente da ABI, Walter Pinheiro.

Tribuna da Bahia
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Esquerda burra insufla ódio contra Yoani Sánchez


LIBERDADE DE EXPRESSÃO


                                                                                       Facebook de Yoani

Ela não é uma assassina. Ela não cometeu qualquer crime.

Se ela é rica, milionária, sorte dela. Se é contra o regime cubano, se recebe dinheiro do governo americano, se é agente da CIA... isso não é motivo para inviabilizar sua viagem ao Brasil, pelo contrário. É oportunidade para esclarecer estes pontos obscuros ou polêmicos de sua vida de ativista e blogueira.

A blogosfera que se autodenomina "progressista" está cheia de posts  ofendendo e insultando a blogueira cubana Yoani Sánchez, de certa forma insuflando esse ódio manifestado nos protestos agressivos de que ela vem sendo objeto desde que desembarcou ontem de madrugada no Recife.

Gente que provavelmente nunca se deu ao trabalho de acessar o blog Generación Y, não conhece os posts da blogueira, ouviu dizer de suas opiniões sobre o regime cubano, gente que até escreve errado o seu nome!... Mas que se acha no direito de ficar repetindo como maritacas o nhenhenhém contra ela.

Querem criticar, dar lição de moral, calar, silenciar... e nem sabem ao certo o nome da blogueira...

Esquerda burra, atrasada, ignorante, boçal, mal-educada, analfabeta e totalitária. 


                                 Faixa estampada com o nome errado da blogueira...


Polícia Militar da Bahia passa a escoltar Yoani Sánchez após protestos


Blogueira cubana e colunista do "Estado" lamentou situação mas elogiou "liberdade de expressão" no Brasil

Guilherme Russo, enviado especial a Feira de Santana

FEIRA DE SANTANA (BA) - Sobre o esquema policial atípico em Feira de Santana (BA), a blogueira cubana e colunista do Estado, Yoani Sánchez, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 19. Na noite anterior, ela havia enfrentado um intenso protesto, que impediu a exibição do documentário Conexão Cuba-Honduras, do cineasta Dado Galvão. Então, o prefeito da cidade baiana, José Ronaldo de Carvalho (DEM), que esteve no local da manifestação, pediu ao comando da Polícia Militar da localidade que garantisse a segurança da ativista durante sua visita.


Yoani passa a ser escoltada em Feira de Santana
Reginaldo Pereira/Efe

Pelo menos 14 policiais militares e seis guardas municipais vigiaram o entorno da Câmara de Dirigentes Lojistas, no centro de Feira de Santana, onde Yoani chegou escoltada por um carro de polícia, para conceder a entrevista. Preocupados com possíveis protestos, os organizadores da viagem da cubana à Bahia cancelaram as visitas da blogueira ao mercado de arte e ao Museu do Sertão, anteriormente programadas para ocorrer nesta manhã.

Yoani está preocupada com sua segurança, apesar de elogiar a "pluralidade" e a "liberdade para se manifestar" existentes na sociedade brasileira. "Agradeço muito (o reforço na segurança). Foi um gesto muito positivo me blindar com essa proteção. Mas lamento que a situação tenha chegado a esse ponto, pois sou uma pessoa que utiliza a palavra, não uso armas", disse a dissidente ao Estado, pouco após o término da entrevista coletiva, que durou cerca de duas horas. Ela também lamentou que "a visita de uma filóloga" tenha se convertido em "uma situação de risco físico."

Na noite desta terça-feira, Yoani deve participar de um debate, programado para 19h, na Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana (UNEF).

Aeroportos

Além do protesto que impediu a exibição do documentário e acabou resultando em um debate improvisado pelo senador Eduardo Suplicy (PT), que esteve no local, a União da Juventude Socialista (UJS) organizou na segunda-feira outras duas manifestações, quando a blogueira passou pelos aeroportos do Recife e de Salvador, a caminho de Feira de Santana. A entidade promete organizar mais mobilizações de repúdio à presença de Yoani no Brasil.


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"Democratas" brasileiros impedem Yoani de falar


LIBERDADE DE EXPRESSÃO


As acusações são várias: Agente da CIA, blogueira milionária, mercenária, traidora, farsante... Mas não a deixam falar, se defender, explicar, expor suas ideias.

Estes são os grandes "democratas" brasileiros: 20, 40, 80 cidadãs e cidadãos, barulhentos e intolerantes, que não nos deixam ouvir o que a polêmica blogueira cubana tem a dizer.

Além de impedirem a exibição do documentário "Conexão Cuba Honduras", com apupos, vaias, ofensas e agressividade, os manifestantes também tumultuaram e inviabilizaram o debate que se tentou articular, interrompendo a fala da blogueira com gritos, insultos e acusações.

Democracia é uma coisa. Falta de educação e incivilidade é outra.

                                                                              Facebook de Yoani


Manifestantes impedem exibição de filme com presença de dissidente cubana

Flávia Marreiro

Enviada especial a Feira de Santana

Grupos de manifestantes ligados a movimentos estudantis e sociais, ao PC do B e ao PT impediram nesta segunda-feira (18) a exibição de um filme em Feira de Santana, na Bahia, com a presença da blogueira cubana Yoani Sánchez.

Aos gritos de "traidora", "Cuba sim, ianques não", os militantes tomaram o salão da Casa do Saber, um planetário cedido pela prefeitura para a exibição de "Conexão Cuba Honduras", do cineasta baiano Dado Galvão, que tem como uma das protagonistas a ativista cubana, que chegou ontem ao Brasil.

Quando Sánchez chegou ao local, os ânimos se exaltaram e a blogueira chegou a ser recolhida na sala de diretoria, enquanto o senador Eduardo Suplicy (PT) tentava uma negociação com os manifestantes.

Com chapéu com estrela de Che Guevara, o ex-vereador do PT Angel Almeida negociou a mudança do evento: de exibição de documentário a debate, com participação dos militantes.

Quase uma hora depois, a blogueira, que pode sair de Cuba após 20 tentativas frustradas, finalmente começou a falar, de pé, por 15 minutos: "Vivo numa sociedade onde opinião é traição", começou.



                                                                                         Mário Bittencourt/Folhapress
Grupo de manifestantes mostra cartaz com frases contra a blogueira 
cubana Yoani Sánchez, durante encontro em Feira de Santana, na Bahia


As vaias tomaram mais uma vez o ambiente -- o vereador paramentado de Che mais uma vez conteve os ânimos. E foi assim em vários momentos.

A exibição frustrada foi o auge de uma jornada já tumultuada por protestos, que começaram na primeira escala de Sánchez, em Recife -- ela teve até o cabelo puxado --, e seguiram em seu desembarque em Salvador.

"Protesto faz parte da democracia, agressividade não", disse Dado Galvão. "É uma cidade pacata", queixou-se. "É o que a 'Veja' disse que ia acontecer".

"Acabou tensionando tudo", admite Jader Dourado, do movimento de bairros de Feira de Santana e que foi candidato a vereador pelo PT na cidade.

Ele negou qualquer orientação nacional para a mobilização. "Soubemos da visita e fizemos uma reunião com as organizações na sexta-feira. Era um convite aberto e irrestrito."

Na platéia, líderes do protesto no aeroporto de Salvador ajudavam a mobilização local. Entre eles, Caio Botelho, da UJS (União da Juventude Socialista), ligada ao PC do B. Panfletos contra a blogueira.

Ambos prometem repetir os protestos na agenda de hoje de Sánchez, que inclui um debate em uma universidade de Feira de Santana. Em São Paulo, para onde Sánchez segue amanhã, os protestos também devem ser organizados, informaram os militantes.

"Todo mundo está se organizando em todo o território", diz Dourado.


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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

"O povo cubano tem a química da felicidade", diz Yoani


Passados os abraços, afagos e insultos que a polêmica blogueira Yoani Sánchez recebeu em seu tumultuado desembarque no Brasil, a ativista cubana concedeu entrevista ao portal G1, depois de algumas horas de descanso no hotel em Feira de Santana, Bahia.

Ela falou das reformas que estão acontecendo em Cuba e se mostrou otimista, acreditando que elas provocarão mudança social na ilha.

Protestos são bem-vindos. Mas vamos ouvir o que tem a dizer a blogueira, que parece ter um grande carinho pelo Brasil.


                                                                            Helia Scheppa/Reuteurs


"Problema é entre governados e governantes", diz Yoani sobre Cuba


Blogueira cubana concedeu entrevista ao G1 na tarde desta segunda-feira. Ela inicia uma série de viagens após reforma que liberou saída do país.

Egi Santana


Yoani Sánchez em hall do hotel em Feira de Santana, interior da Bahia 
(Foto: Egi Santana / G1)

Depois de chegar a Feira de Santana, 100 km de Salvador, na manhã desta segunda-feira (18), a blogueira cubana Yoani Sánchez (autora do blog Generación Y, em espanhol) pediu um tempo para descansar. Chegou a falar por pouco mais de 10 minutos com a imprensa, ainda no hall do hotel, mas insistiu que precisava dormir após 48 horas de viagens. Ela recebeu o G1 no mesmo hall, mais “descansada”, no fim da tarde desta segunda-feira (18). É o primeiro pouso dela e marca o início de uma série de viagens após a reforma migratória que liberou a saída do país sem autorização.

A blogueira considera a reforma migratória a ação mais "profunda" realizada pelo presidente Raúl Castro, disse haver "certo silêncio" entre o Brasil e toda a América Latina em relação ao que ela considera negativo em Cuba, como a violação da liberdade de expressão, e que o povo cubano tem a "química da felicidade". Yoani Sánchez avalia que as recentes ações dos últimos anos reorientam a mentalidade da população cubana e que esse processo gera mudança social.


G1 - Quais são os reais impactos das mudanças implementadas nos últimos anos em Cuba, como, por exemplo, a liberdade para poder sair do país; o relaxamento de algumas regras para vendas de produtos, como os agrícolas; e novas regras para venda de imóveis?


Yoani Sánchez - São as chamadas reformas raulistas, implementadas por Raúl Castro em 2008, depois que chegou ao poder. Na minha opinião, vão na direção correta, com melhoras econômicas. O problema é a velocidade e a profundidade. Não são suficientemente profundas para o que necessita a nação e a velocidade é desesperadora. Abriram o trabalho por conta própria, por exemplo, mas é para um número limitado de profissões. Abriram, mas não os mais qualificados, a mão-de-obra que poderia crescer mais rápido. Além disso, ainda sofremos com impostos altos, ausência de créditos bancários, e sanções desse tipo. Agora, veja bem, mesmo que não tenha sido muito, essa reforma traz mudança de mentalidade aos cubanos e empurra a mudança social. E daí nasce a reforma política.

G1 - Como você avalia a relação do governo brasileiro com Cuba? Como vê a posição brasileira sobre questões que critica, como liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos?


Yoani Sánchez - Sou partidária da diplomacia popular. No plano geral, me parece, por exemplo, que fazem muitos projetos econômicos juntos, mas vimos em toda a América Latina certo silêncio, certa distância com os temas de direitos humanos em Cuba. Uma maneira de não incomodar Raul Castro, para integrá-lo. Não vamos falar disso porque sabemos como ele é. E, de todo modo, não me parece uma boa política.

G1 - Por que o Brasil foi seu primeiro destino quando ganhou seu passaporte?


Yoani Sánchez - Era um país que não conhecia e que me apaixonava. E porque aqui teve um grupo de pessoas que fez o possível e impossível para que eu viajasse. É uma forma de agradecimento, sobretudo.

G1 - Como está a questão da saúde do presidente Hugo Chávez? Há alguma informação que circula por Havana sobre seu estado?


Yoani Sánchez - Eu acabei de saber que ele voltou à Venezuela. Mais do que isso não tenho conhecimento.



Protesto em Salvador critica blogueira e diz que ela é
financiada pelos EUA (Foto: Egi Santana / G1)


G1 - Acha que pode haver repressão a alguma atitude sua no exterior quando voltar a Cuba?


Yoani Sánchez - Talvez, talvez. Eu vejo o governo cubano como um pai paternalista que castiga quando um filho se comporta mal. Mas eu estou disposta ao castigo. O que eu quero é passar minha verdade de Cuba ao mundo.


G1 - O que pensa sobre o embargo americano à ilha?


Yoani Sánchez - O embargo norte-americano se converteu no grande argumento para se justificar tudo. Se não temos liberdade de expressão, se explica pelo embargo, se não temos comidas, tomates na mesa, a culpa é do embargo. Temos que terminar com esse argumento. Por outro lado, um dos principais importadores de comida de Cuba são os Estados Unidos. Ou seja, temos sim que criticar o embargo, mas sabemos que esse não é o único problema de Cuba. O grande problema de Cuba é entre os governados e seus governantes.

G1 - O que você acha que os brasileiros e cubanos têm em comum?


Yoani Sánchez - Ainda é muito cedo para avaliar, as avaliações ainda são muito superficiais. Mas o que puder ver do gesto, do modo de andar, me parece que brasileiros e cubanos têm muito desse jeito em comum.

G1 - Para onde mais quer viajar?


Yoani Sánchez - Se minha energia permitir, e eu acredito que irá, iremos fazer entre 10 e 12 países em 80 dias. Do Brasil, eu vou para a República Tcheca. Será uma espécie de volta ao mundo em 80 dias.

G1 - Qual você julga que foi a mudança mais importante imposta pelo governo de Raúl Castro até agora?


Yoani Sánchez - A medida feita por Castro de maior profundidade é a reforma migratória, mas isso está longe de ser a reforma que sonhamos. Porque, por exemplo, nessa reforma atual não se reconhece a entrada e saída do país como um direito, ainda se necessita uma autorização. Não vejo isso como liberdade.

G1 - Pensa (ou já pensou) em um dia viver fora de Cuba? Por quê?


Yoani Sánchez - Não, de forma alguma. O meu sonho é viver, sim, em Cuba. Uma outra Cuba que acreditamos.

G1 - A sua ação política é feita basicamente na internet, como você própria disse. Como é o acesso à internet em um país onde você fala sobre censura e dificuldades no acesso. Qual a sua relação com o Twitter, com o seu blog, Generación Y, e com o Facebook?


Yoani Sánchez - As novas tecnologias têm mudado a vida de muitos cubanos. Apesar de vivermos em um país de muito difícil acesso às tecnologias, o ímpeto dos cubanos faz com que busquemos soluções. Meu blog começou em 2007 e a partir disso minha vida virou de cabeça para baixo para o bem e para o mal. Eu pude me expressar, pude sair do silêncio, mas tive a vigilância, a perseguição, os impedimentos de sair do país. Por último, me atraí pelo Twitter, principalmente por conta da rapidez, do imediato. Hoje, vemos que é a ferramenta mais potente por conta disso.

G1 - Na sua opinião, o povo cubano é feliz?


Yoani Sánchez - O povo cubano é um povo que tem a química da felicidade, mas lamentavelmente não vive um cenário de felicidade.


G1

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Deixem a blogueira Yoani Sánchez falar!


LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Aqui, blogueira e blog respeitam a liberdade de expressão do grupo que se manifestou em Recife e Salvador contra a blogueira cubana, Yoani Sánchez. Como ela mesma declarou entusiasmada diante dos protestos: "Isto é Democracia!" E é esta liberdade de expressão que ela quer em Cuba.

Mas vamos ouvir o que ela tem a dizer a nosotros, gente! Yoani vai conceder entrevistas, proferir palestras, responder indagações. Não sejamos trogloditas! Vamos mostrar à polêmica dissidente cubana que somos um povo maduro e educado e respeitamos a diversidade, inclusive de ideias e opiniões.

Deixem Yoani Sánchez falar!




Yoani: "Sem argumento, tentam silenciar"



A cubana Yoani Sánchez, que tem provocado reações extremas 
em sua passagem pelo Brasil, falou sobre os protestos contra 
a sua viagem em Recife e em Salvador. "Será uma grande alegria 
para mim se um dia, em Cuba, as pessoas puderem se manifestar 
desta maneira", disse ela ao jornalista João Pedro Pitombo, 
do jornal A Tarde; ativistas a acusam de ser financiada pela CIA 
para denegrir o regime castrista


247 - A cubana Yoani Sánchez, responsável pelo blog Generación Y, passa pelo Brasil como um furacão. Apoiada pela Sociedade Interamericana de Imprensa e por veículos de comunicação conservadores, ela foi alvo de protestos ao passar por Recife e Salvador. Na Bahia, ela falou ao jornalista João Pedro Pitombo, do jornal A Tarde. Leia, abaixo, sua entrevista:

Quais suas primeiras impressões da sua chegada ao Brasil e como encara os protestos com que foi recebida?

Posso resumir esta minha chegada ao Brasil em uma palavra: intensidade. Foi um desembarque cercado de muita euforia. De um lado encontrei muitas palavras de apoio, que me deram ânimo. Por outro lado, encontrei pessoas que buscaram me insultar. Mas isso é da democracia. Será um grande alegria para mim se um dia, em Cuba, as pessoas puderem se manifestar desta maneira.

O governo brasileiro está investigando a elaboração de um suposto dossiê feito por funcionários do próprio governo com a embaixada de Cuba. Isso a surpreende?

Isso não me surpreende porque sei que faz parte de uma guerra de informações que está posta. É claro que não gosto de saber que isso acontece, mas entendo que faz parte da minha profissão enfrentar este cerco. Mas lamento. Vejo que, quando as pessoas não têm argumento, elas tentam silenciar a outra. E assim partem para o grito e para a agressão.

Como vê a relação dos governos brasileiro e cubano. Acha que há condescendência do Brasil para questões ligadas aos direitos humanos?


Acho que sim. Nas últimas décadas, o que vimos de outros países latino-americanos como o Brasil foi uma posição de silêncio frente a questão dos direitos humanos em Cuba. Por outro lado, vemos uma posição muito clara da opinião pública internacional, que se coloca contra qualquer limitação de liberdade e de desrespeito aos direitos humanos. Por isso, me surpreende que muitos presidentes ainda vejam Cuba como a "ilha da esperança".

A senhora conseguiu seu visto depois de cinco anos e 20 tentativas. O que acha que motivou o regime a liberar sua saída?

Penso que Raul Castro não poderia continuar com este absurdo. Havia pressões internas e externas muito fortes para que esta situação mudasse. Mas a reforma migratória foi apenas um passo, já que ainda temos uma série de limitações no nosso país. Tenho esperança de que haja uma flexibilização efetiva para que muitos cubanos possam reencontrar e abraçar familiares que estão em outros países.

O que espera nesta vinda ao Brasil?

Venho com um sentimento de muita expectativa e curiosidade em relação ao Brasil. Quero ampliar meus conhecimentos, sobretudo nas áreas de jornalismo e tecnologia. Estou aqui para aprender com vocês.

Brasil 247

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