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sábado, 20 de agosto de 2011

Até onde vai a estupidez humana?



Rodeios, rinhas de galo, brigas de passarinhos, de cachorros... a estupidez humana não tem mesmo limites.


Crianças são ensinadas a desrespeitar, abusar, ferir, agredir, machucar, destruir, matar, assassinar animais, na Festa da Boçalidade de Barretos. A cidade que me perdoe...


Proteste! Denuncie! Boicote!


Crianças montam em carneiros na 
Festa do Peão de Barretos


Animais são usados em competições no espaço infantil. 

Meninas e meninos com até 25 kg podem participar.


Paulo Toledo Piza


Não são apenas touros e cavalos que são usados em montarias na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, no interior de São Paulo. Peões mirins com até 25 kg encararam na tarde deste sábado (20) carneiros em uma arena erguida no Rancho do Peãozinho, espaço infantil situado no Parque do Peão, que conta com diversas atividades para as crianças, inclusive um minizoológico.

Peãozinho encara carneiro em arena em Barretos 
(Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

A montaria em carneiro é bem parecida com a montaria em touro ou cavalo, guardadas as devidas proporções. Há música, apresentações de meninos cantores, narração e até pontuação de júri formado por especialistas em rodeios.

Um dos participantes foi o pequeno Felipe Souza, de 6 anos. Em sua quarta participação no rodeio infantil, ele estava feliz por ter conquistado a segunda colocação. “Foi a melhor posição minha”, disse, orgulhoso, enquanto segurava um diploma que atestava sua conquista.

O garoto, que desde os 4 anos cavalga, disse que quer seguir carreira de peão. “Quando eu subir na vida e beber cerveja eu vou montar em rodeio”, disse. Seu pai, porém, desaprovou a opção do filho. “Rodeio é bom para assistir. Só. É muito perigoso”, disse o diretor de compras Hércio Dias de Souza, de 51 anos.

Ao contrário da montaria em touros adulta, no rodeio de carneiros as mulheres também podem participar. Maria Clara Bigatti, de 7 anos, mostrou coragem ao subir pela segunda vez em um carneiro. “Eu quero continuar. Quero montar em touro”, disse, após ser questionada sobre seus planos de carreira.

Fã número um da menina, seu pai, o comerciante Eduardo Bigatti, de 29 anos, disse que vai a Barretos apenas pela filha. “Ela pede sempre para vir para poder montar no carneiro. Ela é radical.” Sobre o futuro da menina, ele afirmou que irá apoiá-la. “Vou estar com ela se quiser continuar na montaria em cavalo.”

As provas no Rancho do Peãozinho acontecem enquanto ocorrer a Festa do Peão, que vai até 28 de agosto. As competições das crianças acontecem a partir das 16h30.




Quedas são comuns também no rodeio de carneiros 
(Foto: Paulo Toledo Piza/G1)


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Capitalismo pervertido e psicopata

Catástrofe Humanitária  A Somália é um país da costa oriental da África. A vida de milhões de somalianos, principalmente crianças, está em risco pela fome, seca, doenças e outras violências. Assista ao vídeo e saiba como ajudar clicando nos links Ajude Help Ayuda Aide . Participe! Divulgue!


Pirataria, papagaio de pirata e psicopatia


O pirata agia geralmente encoberto por um país que queria destruir as riquezas de outro. A pirataria era um estado de guerra não oficial, usando a experiência, a violência, a crueldade, a estupidez, a voracidade de lucros e riquezas de espertos oficiais, já que, naqueles tempos, o tráfego e o tráfico se faziam através do grande Mar-Oceano.


As telas hollywoodianas lembram estas figuras: a espada afiada na cinta, a perna de pau, um tapa-olho no rosto, um bandó cobrindo os cabelos, os tradicionais papagaios de piratas e a bandeira da rapinagem que era hasteada na hora da tradicional abordagem, dois ossos cruzados e um osso de crânio significando a morte, botim e roubo de riquezas. Honrarias e títulos de nobreza patrocinavam a pirataria, mas sempre negavam esses fatos, uma espécie de “acordo de piratas”.

Saindo das telas de Hollywood, não por acaso o pirata e suas piratarias tornaram-se a grande metáfora do modelo capitalista: o capitão-piratão, atualmente capitaneado exatamente pelas elites norte-americanas, secundado por uma quantidade imensa de papagaios de pirata do resto do mundo (as elites locais) com suas riquezas, violências, polícias, leis feitas para sua proteção, com uma mídia-pirata amestradíssima. Há os papagaios maiores, com enorme prestígio, os papagaios de médio prestígio, os papagaios de pequeno prestígio, dependendo da riqueza a ser espoliada do país, mas que se articulam muito bem no Congresso Multinacional de Piratas e Piratarias. Afinal, lucro é lucro, botim é botim, em pequena, média ou grande escala.

O modelo capitalista é um pirata gigante que saqueia tudo: riquezas, pessoas, terras, justiça social, Saúde, Educação... Perguntamos: de que forma o pirata age?

Na Saúde,a doença torna-se objeto de lucro, as pessoas viram mercadorias, as indústrias multinacionais da doença (laboratórios, empresas de planos de saúde (saúde?)), que vão passo a passo pirateando o serviço público. O modelo capitalista necessita, como o pirata, da doença e da dor para sobreviver.

Na Educação, o piratão precisa desqualificar o ensino, tornar o aprendizado objeto de lucro e rapinagem, “ensinando” somente o que lhe interessa, através de uma visão formal, moralista, visando seus únicos e exclusivos interesses. Precisa da ignorância e da despolitização para sobreviver.

Na Agricultura, o grande lucro vem dos agrotóxicos que envenenam a população (o Brasil é o maior consumidor mundial (5.2 Kg /ano deste veneno por habitante), e das sementes transgênicas, os “piratas” que estão em todas as nossas mesas (legumes, frutas, cereais). Precisam envenar o meio ambiente para sobreviver e ter cada vez mais lucro.

A falta de Justiça Social, o piratão-mor, aliena o trabalhador, obrigando-o a exercer somente um trabalho mecânico, gerando lucros sobre lucros, a tradicional “mais-mais valia”. Desse modo, usa a repressão, a polícia, as ameaças, o terrorismo. Precisa necessariamente do autoritarismo e da força bruta para sobreviver. Chega de piratagem com nossas vidas.

Como age o pirata e sua pirataria? Conhecido na psiquiatria, o psicopata é um indivíduo com uma espécie de “defeito” na sua personalidade, não sentindo a menor culpa dos seus atos. Violenta uma pessoa e, em seguida, vai tranquilamente tomar um cafezinho, como se nada tivesse acontecido.

Psicopatas? Quem não os conhece?

O resultado final da equação é: a soma de P de pirataria mais P de psicopatia é igual ao modelo capitalista. Cruel e perverso como pirata, a espada afiada da violência sempre empunhada, perna de pau, tapa-olho, cabeça coberta mostrando sua doença e psicopatia, a bandeira da morte com a caveira e os ossos do lucro e da rapinagem sempre hasteada no topo do mastro. Não esquecendo os papagaios de piratas que têm orgasmos com as piratarias do chefe-mor. E se as rapinagens não forem suficientes, declara-se uma guerra, usando o papagaio midiático bem amarrado no seu poleiro, repetindo sem parar o que interessa ao piratão.

O princípio básico do Direito é a vida, a Medicina trata das doenças; a Saúde provém da Justiça Social. A ciência e os movimentos sociais mudaram o mundo e continuam mudando até hoje, e cada vez mais por fome e miséria. O contraponto à crueldade da pirataria, à violência, ao autoritarismo, à barbárie é a luta de classes que prega a transformação social.

Basta de piratas, piratarias, papagaios de piratas, psicopatias, modelo capitalista... Vamos amarrá-los bem amarrados e jogá-los do trampolim no fundo do mar, como nos filmes. O máximo que podemos suportar em matéria de pirata são os brinquedinhos para crianças, fantasias de carnaval, filmes de Hollywood bem coloridos e movimentados, com um final feliz, excluindo naturalmente os piratas e sua tripulação que vão ser castigados e ter um triste fim. A perversão da pirataria e do capitalismo não é invencível. A tarefa é árdua, mas tudo tem um começo, um apogeu, um final. E, de crise em crise, o capitalismo vai afundando e a nossa tarefa é afundar também definitivamente a doença, a dor, o preconceito e fazermos juntos florescer a Justiça Social com P de política, P de pessoa, exercendo a cidadania e o direito à vez, à voz, à vida. 

Contribuição do médico Daniel Chutorianscy. E-mail: trenzinhocaipira@vnet.com.br

Indicação: Vera Vassouras.


Direto da Redação


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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O monstro e a subversão

Catástrofe Humanitária  A Somália é um país da costa oriental da África. A vida de milhões de somalianos, principalmente crianças, está em risco pela fome, seca, doenças e outras violências. Assista ao vídeo e saiba como ajudar clicando nos links Ajude Help Ayuda Aide . Participe! Divulgue!


Há meses vimos falando aqui no ABC! de "revolução virtual", "guerrilha eletrônica", e do papel das novas mídias para mudanças significativas no compartilhamento de poder e na implementação de uma cidadania planetária.


Caminho sem volta.


Gostem ou não os mubaraks e demais ditadores de plantão.


O monstro


Luís Fernando Veríssimo 


Marx não chegou a pedir que esquecessem tudo que ele tinha escrito, mas confessou que a invenção do trem e do navio a vapor o forçavam a repensar algumas das suas teorias sobre o futuro do capitalismo. Os seguidores de Ned Ludd, chamados luditas, trabalhadores na indústria têxtil inglesa, se revoltaram contra a invenção de teares automatizados que ameaçavam seus empregos no começo do século 19 e pregavam a destruição de todas as máquinas que substituíssem o trabalho humano. A história social e econômica dos Estados Unidos se divide em antes e depois da massificação, pela Ford, da produção dos seus carros, que empestavam o ambiente, além de assustar os cavalos, e foram duramente combatidos.
Reações a novidades tecnológicas se repetem ao longo da história, movidas pelo medo à obsolescência, como no caso dos luditas, incompreensão ou apego ao passado. O capítulo mais recente e mais curioso dessa briga é a decisão do governo inglês de restringir o uso no país das redes sociais, que todo o mundo achava maravilhosas até revelarem um potencial subversivo que ninguém previra. Enquanto os tuiters e os facebooks animaram as revoltas contra os déspotas e por aberturas democráticas nas ruas árabes, tudo bem. Eram as redes sociais, o produto mais moderno da engenhosidade humana, usadas para modernizar sociedades atrasadas. Mas descobriram que os quebra-quebras e queima-queimas nas ruas inglesas estavam sendo, em grande parte, também tramados na internet. Epa, disseram os ingleses, ou o equivalente em inglês. Aqui não.
Conservadores e trabalhistas se uniram para condenar a violência e o vandalismo e negar qualquer outra motivação, além de banditismo nato, para a rebelião. E todos, presumivelmente, concordaram com as medidas do governo para evitar novos distúrbios, incluindo o controle das redes sociais. Resta saber se o controle ainda é possível. O monstro talvez não seja mais domável. Já acabou com qualquer pretensão a se manter segredos oficiais secretos, já invadiu a privacidade de meio mundo e tornou a pornografia acessível a todas as idades e já sentiu o gosto do sucesso como instigador de revoltas - sem falar que ninguém mais consegue viver sem ele.
Agora pode não haver mais o que fazer. Se tivessem parado na invenção do trem... 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PSICOPATAS, mais um blog da Sonia Amorim



Companheiras e companheiros de ciberespaço, convido vocês todos a conhecer e a participar de mais um blog que editarei: PSICOPATAS.


O assunto é relevante. Estamos cercados, muitas vezes reféns, destes seres sombrios e desprovidos de valores éticos. E precisamos aprender a identificá-los e a combatê-los.


Abraços a todos.


Sonia Amorim


PSICOPATAS   http://serpsicopata.blogspot.com


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A fúria midiática contra Dilma



Catástrofe Humanitária  A Somália é um país da costa oriental da África. A vida de milhões de somalianos, principalmente crianças, está em risco pela fome, seca, doenças e outras violências. Assista o vídeo e saiba como ajudar clicando nos links Ajude Help Ayuda Aide . Participe! Divulgue!


E a "lua de mel" acabou.


A presidenta Dilma bem que tentou conviver em harmonia com a velha e putrefata mídia. Contrariou o preceito bíblico e atirou "pérolas aos porcos"...


Deu no que deu.


Que aprenda finalmente a lição.


A guerra que se anuncia


O movimento era previsível e as razões óbvias, mas não deixa de ser perturbadora a investida dos grandes grupos midiáticos ao governo da presidenta Dilma Rousseff, depois de um curto período de risível persistência de elogios e salamaleques cujo único objetivo era o de indispô-la – e a seu eleitorado – com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Digo que era um movimento previsível não apenas por conta do caráter ideologicamente hostil dos blocos de mídia com relação a Dilma, Lula, PT ou qualquer coisa que abrigue, ainda que de forma distante, relações positivas com movimentos sociais, populares e de esquerda. A previsibilidade da onda de fúria contra o governo também se explica pela transição capenga feita depois das eleições, um legado de ministros e partidos de quinta categoria baseado numa composição política tão ampla quanto rasa, e que, agora, se desmancha no ar.

Assim, pode-se reclamar da precariedade intelectual da atual imprensa brasileira, da sua composição cada vez mais inflada de jornalistas conservadores, repórteres raivosos e despolitizados, quando não robotizados por manuais de redação que os ensina desde a usar corretamente o hífen, mas também como se comportar num coquetel do Itamaraty. É tudo verdade, como também é verdade que, ao herdar de Lula essa miríade de ministros-jabutis colocados na Esplanada dos Ministérios, Dilma aceitou iniciar o governo com diversos flancos abertos, a maioria resultado da aliança com o PMDB, e se viu obrigada a fazer essa tal “faxina” pela mídia, embora se negue a admiti-lo, inclusive em recente entrevista à CartaCapital.

Dilma caminha, assim, sobre a mesma estrada tortuosa do primeiro ano do primeiro mandato de Lula, quando o ex-operário chegou a crer, cegado pela venda de inacreditável ingenuidade, que as grandes corporações de mídia nacionais, as mesmas que fizeram Fernando Collor derrotá-lo, em 1989, poderiam ser cooptadas somente na base do amor e do carinho. Dessa singela percepção infantil adveio a crise do “mensalão”, a adoção sem máscaras do jornalismo de esgoto nas redações brasileiras, a volta do golpismo como pauta de reportagem e a degeneração quase que absoluta das relações entre o poder público e a imprensa.

Em 2010, agregados ao projeto de poder do PSDB e de seu cruzado José Serra, os grupos de mídia formaram um único e poderoso bloco de oposição e montaram um monolítico aríete com o qual tentaram derrubar, diuturnamente, a candidatura de Dilma Rousseff. Não fosse a capacidade de comunicação de Lula com as massas e a consequente transferência de votos para Dilma, essa ação, inconsequente e, não raras vezes, imoral, teria sido vitoriosa. Perdeu-se, contudo, na inconsistência política de seus líderes, na impossibilidade de comparação entre os dois projetos de País em jogo e, principalmente, na transfiguração final – triste e patética – de Serra num fundamentalista religioso, homofóbico e direitista, cuja carreira política se encerrou na melancólica e risível farsa da bolinha de papel na careca.

Ainda assim, Dilma Rousseff foi comemorar os 90 anos da Folha de S. Paulo, sob alegada conduta de chefe de Estado, como se não tivesse sido o jornalão da Barão de Limeira o primeiro condutor do circo de mídia montado, em 2010, para evitar que ela chegasse à Presidência. Foi a Folha que publicou, na primeira página, uma ficha falsa da então candidata, com o intuito de vendê-la como fria guerrilheira de outrora, disposta a matar e sequestrar inocentes, sequer para lutar contra a ditadura, mas para implantar no Brasil uma ditadura comunista, ateia e, provavelmente, abortista. O fim da civilização cristã no Brasil. Dilma sobreviveu à tortura e à prisão, mas não conseguiu escapar dessa armadilha, e foi lá, comemorar os 90 anos da Folha. Agora, instada a fazer a tal “faxina”, talvez esteja recebendo um salutar choque de realidade.

O fato é que o embate entre as partes, haja ou não uma Lei dos Meios, nos moldes da legislação argentina, não é só inevitável, mas também inadiável. A presidenta reluta, naturalmente, em iniciar um conflito entre a lei e os meios de comunicação, não é por menos. Ela sabe o quanto foi dura e ainda é a vida dos colegas vizinhos da Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e Paraguai com os oligopólios locais. Faz poucos dias, um jornalista brasileiro, encastelado numa dessas colunas de horror da imprensa nativa, chamou a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de “perua autoritária”, em resposta a leitores que lhe enviaram comentários indignados com um texto no qual ele a acusava, Cristina, de usar o próprio luto (o marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morreu em outubro do ano passado) para fins eleitorais. Implícito está, ainda, a questão do machismo (a “faxina” da nossa presidenta), ou melhor, a desenvoltura do chauvinismo, ainda isento de freios sociais eficazes.

Tenho cá minhas dúvidas se o mesmo jornalista, profissional admirado e reconhecido por muitos, teria coragem de se referir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como “pavão engabelado”, apenas para ficar na mesma alegoria do mundo animal atribuída a Cristina Kirchner, por ter posado de pai amantíssimo ao assumir, 18 anos depois, a paternidade de um filho da jornalista Miriam Dutra, da TV Globo – e, aos 80 anos, descobrir que caiu no golpe da barriga. Passou dois mandatos refém da família Marinho por conta de um menino que não era dele. Algum comentário sarcástico nas colunas e blogs da “grande imprensa” a respeito? Necas de pitibiriba. Com a presidenta argentina, mulher que enfiou o dedo na cara de um grupo midiático “independente” que sustentou uma ditadura nazista, responsável pelo assassinato de 20 mil pessoas, o colunista, contudo, se solta e se credencia a nos fazer rir.

Duvido que Cristina Kirchner fosse ao aniversário do Clarín.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dilma: uma presidenta "Margarida"

“Vocês têm em mim uma presidenta Margarida como vocês”


Brasília foi palco, nesta terça-feira (17/8), de um dia que entrará para a história do país: o encontro da primeira presidenta mulher com cerca de 100 mil trabalhadoras rurais, que marcharam à capital federal em busca de justiça social e equidade de gênero. Ao participar da cerimônia de encerramento da Marcha das Margaridas 2011, a presidenta Dilma Rousseff divulgou uma série de conquistas alcançadas pelas trabalhadoras rurais a partir de negociações com o governo federal.
Os ganhos das trabalhadoras envolvem ações na área da saúde, educação, segurança, geração de renda, acesso à terra e crédito rural e erradicação da miséria, entre outras. O resultado das mesas de negociação foi reunido em um caderno resposta, que a presidenta Dilma fez questão de entregar pessoalmente às Margaridas na solenidade de encerramento da Marcha.
“Minhas queridas Margaridas, hoje estou aqui para dizer que a Marcha de vocês me toca e me emociona profundamente, não apenas como presidenta da República, mas como mulher e cidadã (…), e para reconhecer que muitas das demandas de vocês foram acatadas (…). O principal resultado é a continuidade do diálogo e do respeito entre vocês e o governo federal, iniciados pelo presidente Lula. Me comprometo a dar continuidade a esse diálogo respeitoso e companheiro e a ampliar o atendimento às justas reivindicações das trabalhadoras rurais”, disse a presidenta, ao iniciar seu discurso.
                                                                         Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Entre as medidas anunciadas, a presidenta destacou a construção de 16 unidades básicas de saúde fluviais e de 10 centros de referência em saúde do trabalho voltados para o campo e floresta até 2012; um plano integrado em saúde para trabalhadores do campo e da floresta; o aumento do limite de venda da agricultura familiar para fornecimento da merenda escolar, de modo a atingir, ainda em 2011, os 30% de compra direta do governo à agricultura familiar previstos na lei; a inserção da Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS) no Plano Brasil sem Miséria e aumento da dotação orçamentária do programa; ampliação do crédito rural, com elevação da participação da mulher e linha exclusiva às trabalhadoras; ampliação do acesso à creche e expansão da rede escolar na zona rural, entre outros.
A presidenta também chamou a atenção para um plano de enfrentamento à violência contra a mulher do campo, a implantação de programa de documentação civil na Amazônia, com foco na mulher, a instituição de grupo de trabalho para elaboração, com a participação da sociedade civil, de um programa nacional de agroecologia e o início de um diagnóstico de todos os assentamentos rurais no Brasil, para “definir como encaminhar a questão do acesso à terra daqui por diante”.
“Eu quero intensificar o diálogo do governo com vocês. Tenho certeza de que o debate com os movimentos sociais é fundamental. E tenho certeza de que as críticas e as sugestões são essenciais e muito bem vindas, pois permitem que façamos cada vez melhor, que possamos, juntas, construir o Brasil que queremos: um país sem miséria, um país rico (…) e um país mais justo e menos desigual”, concluiu.
Texto do Blog do Planalto

Blogueiro carioca faz mais denúncias sobre o assassinato da juíza



Isso é gravíssimo!

Foram encontrados diversos documentos que mostram que a juíza Patrícia Acioli, brutalmente assassinada na porta de sua casa no último dia 12, em Niteroi, Rio de Janeiro, pediu, requereu, suplicou, por meio de "ofícios dramáticos" dirigidos a diversas autoridades, inclusive ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, proteção à sua vida por escolta armada.

Patrícia Acioli, juíza combativa e linha dura, que colocava em primeiro lugar suas obrigações como servidora do povo brasileiro dentro do Judiciário, já havia condenado cerca de 60 policiais envolvidos com o crime organizado, e foi barbaramente executada com 21 tiros na última sexta-feira.

Leia e veja abaixo a indignação do destemido blogueiro carioca Ricardo Gama, sobrevivente de atentado no início do ano, quando levou 6 tiros.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Documentos retirados de sala de juíza Patrícia Lourival Acioli morta em Niterói comprovam ameaças


Vídeo comentário.



Link do vídeo no youtube.


O Tribunal de Justiça do RJ e Desembargadores foram desmascarados, todos mentiram,  e conforme sempre disse a família da juíza assassinada, ela sempre pediu proteção, mas os "poderosos" desembargadores, data maxima venia, cagaram solenemente para a vida da juíza.

Será que dá processo isso, dizer que os desembargadores "cagaram solenemente" ?

Foram achados dezenas de ofícios hoje no gabinete da juíza onde ela suplica proteção ao Tribunal de Justiça, e aí ?

Com certeza, a preocupação do Tribunal de Justiça sempre foi com a obra bilionária em suas dependências feita pela Delta Construtora, aquela que o dono, Fernando Cavendish, é amigo íntimo de Sérgio Cabral.

Com certeza, os desembargadores da cúpula do TJ também têm culpa na morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, eles poderiam responder por omissão.

Esse é o Brasil, um país da VERGONHA e do DESCASO, até quando ? 

Reprodução do site R7


O advogado contratado pela família da juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira (8) [sexta-feira, 12] com 21 tiros no momento em que chegava em sua casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, revelou que documentos encontrados no gabinete da magistrada comprovam as ameaças de morte recebidas por ela nos últimos anos. Passa de cem o número de ligações para o Disque-Denúncia com informações sobre o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli.

De acordo com o criminalista Técio Lins e Silva, a juíza enviou diversos ofícios ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) relatando os riscos que corria. 

- As autoridades sabiam (das ameaças), a polícia sabia e a divisão de segurança do Tribunal de Justiça sabia. Tudo foi comunicado pela Patrícia ao longo dos anos. 

Os papéis foram entregues à DH (Divisão de Homicídios), que investiga o crime. A Corregedoria da Polícia Militar informou que a juíza esteve no órgão uma semana antes de ser morta, mas não comentou sobre nenhuma ameaça de morte contra ela. 

O advogado cita ainda um depoimento dado pela juíza à corregedoria da PM e um documento com relatos sobre uma ameaça descoberta em uma interceptação telefônica da Polícia Federal. 

Segundo ele, "há ofícios dramáticos em que Patrícia pede providências" para a garantia de sua segurança. O TJ-RJ (Tribunal de justiça) alega que a magistrada abriu mão de sua escolta em 2007 e não voltou a pedir proteção

Investigadores analisaram na segunda-feira (15) as imagens das câmeras do Fórum de São Gonçalo, onde Patrícia trabalhava. Dois homens em uma moto teriam feito uma tocaia e esperado o carro da juíza sair da garagem.

Ao ver o veículo na saída, eles teriam seguido para a casa da magistrada. No mesmo fórum, a comissão de três juízes criada para assumir provisoriamente os casos sob responsabilidade de Patrícia começou a estudar os processos. Uma audiência marcada para esta semana foi adiada para a semana que vem.

As câmeras do circuito interno de segurança do condomínio em Piratininga, região oceânica de Niterói, onde a juíza Patrícia Acioli foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira (12), não gravaram o momento do crime. A informação foi confirmada por policiais da DH, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

O juiz Fabio Uchôa, que considerou nula a segurança aos juízes um dia após a morte da juíza, foi escolhido para coordenar a comissão. Ele admitiu contar com uma equipe de segurança.

- Minha rotina vai continuar a mesma. Tenho meus mecanismos de segurança, que não ficaram mais rigorosos após o assassinato de Patrícia.

Ele se dedicará exclusivamente à 4ª Vara Criminal, local em que uma comissão do Conselho Nacional de Justiça acompanhará as investigações sobre o assassinato de Patrícia.

Em nota, a Anistia Internacional condenou a execução da magistrada e cobrou ações do governo brasileiro contra as milícias e grupos de extermínio.