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terça-feira, 18 de junho de 2013

Praça da Sé: a "Praça da Revolução"


PRIMAVERA BRASILEIRA



"Ou revoga ou revoga" é o ultimato que eles dão ao prefeito paulistano Fernando Haddad, sobre o reajuste de 20 centavos na tarifa do transporte público.

E ontem, manifestações pelo Brasil afora mostraram que eles estão "contra tudo" o que representa "poder institucionalizado". Em Brasília, invadiram o Congresso Nacional. No Rio de Janeiro, a situação beirou o terrorismo. Em São Paulo, às 11 da noite eles ameaçavam o Palácio dos Bandeirantes.

E os insultos à presidenta Dilma Rousseff já começaram.

Não era "passe livre" que eles queriam? E agora querem governar o País sem ter recebido 1 voto sequer do povo brasileiro?

O que significa tudo isso?

Há partidos, grupos de poder, por trás deles?

A quem interessa desestabilizar as instituições e os governos democraticamente eleitos?

Oposição ao governo comemora e insufla. E a mídia golpista também.

E hoje tem mais. 

A Praça da Sé em São Paulo vai virar a Praça da Revolução.

Vamos acompanhar e tentar entender.





A PRAÇA TAHIR É AQUI?


LEONARDO ATTUCH



O “outono brasileiro” não tem dono, nem direção. E quem tentar se apropriar desse “movimento” será rapidamente devorado pela fúria das ruas

Quem são eles? O que querem? O que realmente motiva os milhares de jovens que tomaram as ruas das grandes cidades e, ontem, invadiram o próprio Congresso Nacional?

Serão mesmo os vinte centavos da passagens de ônibus? Ou há algo mais fundo? Há explicações para cada tipo de freguês. Para os petistas, a violência da Polícia Militar de São Paulo potencializou a reação desta segunda-feira. Para os tucanos, o que existe é uma insatisfação difusa contra os rumos do País e a precariedade dos serviços públicos.

Diante de uma catarse coletiva, sem direção e sem lideranças claras, cada grupo tenta impor sua própria agenda ao “movimento”, que, na verdade, não tem unidade alguma.

Nessa tentativa de se apropriar dos protestos, a Globo, por exemplo, enxergou um grande protesto nacional contra a PEC 37, que limita ações do Ministério Público, sem qualquer amparo na realidade. E acabou sendo alvo da fúria das ruas, diante de manifestantes que gritavam palavras de ordem contra a “Central Globo de Mentiras”.

Se a Praça Tahir é aqui, o que fica claro é que ela não tem dono. Há quem grite contra a corrupção, contra os gastos da Copa, contra a mídia e até mesmo contra as tarifas de ônibus.

No mundo político, a correnteza das ruas deixa um grande ponto de interrogação. À direita, os que ontem falavam em “baderna” hoje enxergam uma oportunidade de apontar a fúria da massa contra o PT e a presidente Dilma Rousseff. No Facebook, tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quanto o senador Aécio Neves saudaram o grito de indignação e a perspectiva de um eventual levante popular. No Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff limitou-se a elogiar o “caráter democrático” dos protestos. E o ex-presidente Lula jogou a batata quente para o prefeito Fernando Haddad, apostando numa negociação com o Movimento Passe Livre.

Mas o fato é que o poder está cercado. E a polícia, intimidada pela repercussão negativa de suas ações na semana passada. Hoje, há apenas incerteza. E quem tentar se apoderar desse movimento sera rapidamente devorado por ele.


Brasil 247

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