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terça-feira, 18 de junho de 2013

Manifestações em São Paulo: que retrocesso!


ATIVISMO SIM, VIOLÊNCIA NÃO!



"A meu ver, daqui de cima, coisa de bandidos. Se esse movimento tem uma direção, uma coordenação, ela é fraca e/ou irresponsável. Chamar manifestações todos os dias, testando o estresse da cidade, é coisa de quem está infectado pelas doenças infantis do ser de esquerda. Conseguiram. Deu merda. Ainda é preciso que alguém morra?

Não identifiquei motivo para a queima do carro, nem mesmo para a quebra dos vidros da sede municipal. Também não se entende porque forçaram as portas do segundo andar. O que gostariam de fazer aqui dentro? Quebrar as pernas de quem está trabalhando? Apertar o pescoço do prefeito? Pendurar guardas municipais na ponta das grades usadas como arietes? Ridículo, triste."

                 São Paulo, manifestação na Praça da Sé, Prefeitura e Avenida Paulista

"Escrevo da Prefeitura. O que falta: um morto?"


Marco Damiani _247 – Escrevo do sexto andar do prédio da Prefeitura de São Paulo, na ponta do viaduto do Chá, que acaba na Praça do Patriarca. As janelas estão avermelhadas pelo fogo que sobe da unidade ao vivo da tevê Record. Acabou de ser queimada, depois de ter sido depredada por mais de 20 participantes da manifestação contra o aumento nas passagens de ônibus. Um rapaz tinha uma espécie de maçarico portátil. Fez o serviço que outros, com isqueiros, não haviam conseguido. A tentativa de tombar o carro não deu certo. Toque-se fogo então. A meu ver, daqui de cima, coisa de bandidos. Se esse movimento tem uma direção, uma coordenação, ela é fraca e/ou irresponsável. Chamar manifestações todos os dias, testando o estresse da cidade, é coisa de quem está infectado pelas doenças infantis do ser de esquerda. Conseguiram. Deu merda. Ainda é preciso que alguém morra?

Não identifiquei motivo para a queima do carro, nem mesmo para a quebra dos vidros da sede municipal. Também não se entende porque forçaram as portas do segundo andar. O que gostariam de fazer aqui dentro? Quebrar as pernas de quem está trabalhando? Apertar o pescoço do prefeito? Pendurar guardas municipais na ponta das grades usadas como arietes? Ridículo, triste.


O prefeito Fernando Haddad pode ter perdido, sim, uma oportunidade de revogação no aumento de R$ 0,20 na tarifa. Isso foi dito a ele durante a reunião com o Conselho da Cidade, iniciada às 9h30, e os representantes do Movimento Passe Livre. Haddad preferiu fazer contas que indicam a necessidade de R$ 1,4 bilhão em subsídios para atender a demanda de congelamento das passagens em R$ 3,00. E isso só esse ano. Pode-se considerar que ele deveria ter deixado para fazer contas mais tarde e, de imediato, ceder à pressão dessa gente que está lá embaixo. Mas ceder adiantaria mesmo? O que iria se pedir a partir de então? O socialismo?

Políticos do PSOL, do PSTU e até o futuro Rede Sustentabilidade, ainda na versão estudantil, mas políticos sim, dizem comandar esse movimento. Coisa nenhuma. Com a massa na rua, ninguém segura, e agora vai se culpar o Estado, dizer isso e aquilo de Dilma Rousseff, de Geraldo Alckmin, de Fernando Haddad, de “tudo o que está aí”. É um retrocesso danado. Como se tivéssemos avançado tanto, desde lá o regime militar, para chegarmos ao descontrole. Que cheiro de queimado. Que lixo!

Leia, abaixo, reportagem sobre o cerco à Prefeitura:

SP 247 - O entorno da prefeitura de São Paulo se transformou em palco de vandalismo depois que um grupo tentou invadir a sede do Executivo municipal. Enquanto um grande número de manifestantes seguia pacificamente pela Avenida Paulista, radicais depredavam os arredores do prédio. Um caminhão de link da TV Record e um posto policial localizado na área foram queimados. Também foram quebrados vidros de estabelecimentos próximos à prefeitura.

A manifestação corria pacífica até um grupo de jovens tentar invadir o prédio. Os guardas municipais que faziam a segurança, defendendo a entrada do prédio, acabaram cedendo e entraram, para se proteger atrás das portas. Após a tentativa de invasão, alguns manifestantes chegaram a recolocar as grades de proteção que estipulam o acesso até onde os manifestantes devem ir. Mas, enquanto alguns manifestantes recolocam as grades, outros voltam a derrubá-las. Às 20h, um grupo de 20 estudantes começou a jogar pedras e bombas na unidade de transmissão da TV Record, que acabaria reduzida a cinzas.

Todas as vidraças da entrada principal da prefeitura foram quebradas pelos manifestantes. Às 19h10, a bandeira da cidade de São Paulo foi tirada do mastro e rasgada diante da prefeitura. Em seguida, os manifestantes gritavam "tira a do Brasil, tira a do Brasil", buscando também tirar a bandeira brasileira. Várias pequenas brigas aconteceram entre a multidão, que queimou bonecos que representavam o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin.


Brasil 247

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