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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Maluf exigiu e Lula foi "beijar-lhe a mão"...



Quem diria?! A "Montanha" foi a Maomé...


O mundo dá muitas voltas mesmo.


O extraordinário presidente Lula, visivelmente constrangido, foi "beijar a mão" de Maluf, seu inimigo histórico e um dos maiores corruptos do mundo, procurado até pela Interpol...


Por um mísero um minuto e meio de tempo na propaganda eleitoral. 


Era preciso isso?



Ao lado de Lula, Maluf oficializa apoio a Haddad 
e elogia Marta e Erundina


Adversário histórico do PT, o ex-prefeito de São Paulo disse que não existe mais esquerda e direita e que Marta foi boa prefeita para a cidade; embora presente no evento, Lula não falou

Ricardo Galhardo

Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) oficializou nesta segunda-feira o seu apoio ao pré-candidato do PT, Fernando Haddad. Adversário histórico do PT, principalmente na capital paulista, Maluf justificou a aliança dizendo que “hoje não existe direita e esquerda”. Embora presente no evento por exigência de Maluf, Lula não falou na cerimônia.
O apoio de Maluf garante um acréscimo de 1 minuto e 35 segundos no tempo de TV da campanha de Haddad e risca da história do partido quase 25 anos de combate ao malufismo. Adversários históricos em campanhas municipais paulistas, Maluf e PT travaram disputas repletas de trocas de acusações de corrupção, bordões eleitorais pontiagudos e bate-bocas ao vivo em debates televisivos.

 Por exigência de Maluf, Lula vai a evento que oficializou 
o apoio do ex-prefeito a Haddad      Agência Estado
“Hoje não existe direita e esquerda, onde está a esquerda hoje? Na Rússia, na China que não respeita os direitos humanos? Em Cuba que deportou seus boxeadores?”, respondeu o ex-prefeito quando questionado sobre as diferenças ideológicas entre ele e o PT. Maluf cometeu uma gafe porque não foi Cuba que deportou os boxeadores, mas o próprio governo do então presidente Lula, em 2007.
Em seu discurso, Maluf fez questão de elogiar as antigas adversárias políticas: a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) e a senadora Marta Suplicy (PT-SP). “Tenho muito respeito pela ex-prefeita Erundina. Cada um no seu tempo, fez coisas boas. Eu sucedi Luiza Erundina. Ela foi uma boa prefeita, correta, decente, tanto que vocês viram que na sucessão não houve nenhum tipo de perseguição. Também a prefeita Marta foi muito boa, fez os CEUs. Mas não temos que olhar pelo retrovisor e sim pelo para-brisa. Quem olha para frente não olha para trás”, afirmou o ex-prefeito.

Mas Maluf nem sempre pensou assim. Em 2000, com Marta à frente das pesquisas, a campanha do ex-prefeito espalhou outdoors pela cidade com frases que atacavam a petista. As peças diziam "Mamãe, vote em quem nunca usou drogas” e “Mamãe, vote em quem é contra o aborto”, em referências a bandeiras de Marta. Em entrevistas, Maluf também subiu o tom contra a adversária, a quem instou a revelar o que chamou de “vida devassa”. Outro episódio que ficou famoso nessa campanha foi Marta, irritada com ataques do rival no programada da Rede Bandeirantes, cravar a célebre frase: “Cala a boca, Maluf!”.

A rivalidade entre Maluf e o PT começou em 1988. Naquele ano, Erundina, a então candidata petista à prefeitura de São Paulo, superou o adversário, que concorria pelo PDS. Maluf é uma espécie de antítese de Erundina. Ao longo de sua trajetória política, a deputada travou disputas não apenas com Maluf, mas também com seus arautos. Um deles, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Ainda no PT, ela referiu-se a Pitta como “novato” e o acusou de superfaturar obras. Pitta rebateu pedindo provas e apresentou-se como candidato da “renovação” na política. O candidato de Maluf foi eleito, mas a história se encarregou de dar razão a Erundina.
Às vésperas de o PP anunciar apoio a Haddad, Erundina, parceira de chapa do petista, não escondeu o constrangimento de dividir palanque com o colega de Câmara Paulo Maluf. "Para mim não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf", disse a ex-prefeita. "A campanha não sou eu nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo e complexo, e isso se dilui, ao meu ver. (Mas) Claro que é desconfortável."
Sobre Haddad, Maluf disse que é o candidato “que tem as melhores condições para resolver os problemas da cidade porque ele tem parceria com o governo federal”.

O PP, partido do ex-prefeito, compõe a base aliada no âmbito federal desde o primeiro mandato de Lula. Mas Maluf negou que o apoio a Haddad tenha relação com a secretaria do Ministério das Cidades, que teria sido entregue a um aliado seu.



Portal iG
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Um comentário:

  1. "O Galo Cantou Canto Certo"
    São Paulo forma a mais genial e eclética aliança política que sequer o maior dos gênios do marketing político poderia imaginar. O que naturalmente levará à vitoria da disputa eleitoral mais cobiçada do país, a prefeitura de São Paulo.
    São tantos acertos políticos em todas as suas áreas, que vai de costuras políticas em pequenos municípios, prefeitura de São Paulo em si, governo federal, aproximação definitiva e concreta do PSB com a aliança governista e, principalmente a demonstração de confiança total do PSB na Presidente Dilma.
    De onde naturalmente gerará maior aproximação e virão mais projetos para os estados comandados pelo PSB, e, mais ministérios para o partido.
    É de se admirar e repetir para acreditar, em uma estratégia política que seria racionalmente inimaginável, um golpe de sorte, mudar não só a vitória da disputa pela prefeitura de São Paulo, mas todo um quadro político nacional.
    Como se fosse um projeto planejado em universidades excepcionais como Federal de Juiz de Fora, UFRJ ou harvard, mas por algum político brasileiro conhecedor profundo de nossas mazelas.
    Como se fosse uma tese de doutorado, PHD, com o título, "Passo a passo para mudar a política brasileira de mãos para sempre" ou "Os novos rumos do Brasil" ou mais brilhante ainda
    "Brasil acordado em solo esplendido".
    Como para o PT no início das negociações para a campanha eleitoral de São Paulo perder o apoio de Kassab foi considerado uma derrota fatal.
    A surpresa da chegada da surpreendente Luíza Erudina (PSB) como vice de Haddad foi sensacional, e ainda como a cereja do bolo ganharam o apoio do cobiçado Paulo Maluf do PP paulista. Confirmando a derrota triplamente fatal, do Serra.
    Quanto à PSB, planejamento passo a passo em Harvard por quem conhece o Brasil a fundo, acho bom perguntarem a Ciro Gomes se ele teve algo a ver com toda essa reviravolta na política brasileira.
    Paro por aqui, porque sobre este tema há muito o que conjecturar. Em outra oportunidade volto à ele com prazer, e haverá, um tanto bom.
    José da Mota.

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