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sábado, 9 de junho de 2012

Juízo Final: hora de separar joio e trigo



Ser é quase nada. Parecer é quase tudo. 

Quase.

Ao que tudo indica, estamos em pleno Apocalipse, vivendo um "final dos tempos", um fim de ciclo e início de algo novo no planeta. Cada um de nós, e isto inclui particulares, autoridades e instituições, está sendo "convidado" a se posicionar diante do velho e do novo, do estreito e do largo, do egoísmo e do altruísmo, do ter e do ser.

Ganância, Ladroagem, Corrupção... esta falta de compostura, esta "deselegância" toda, tudo isso pertence a um mundo arcaico, apodrecido, que está rachando, ruindo, desmoronando. As entranhas malcheirosas desse mundo estão sendo expostas, escancaradas à luz do dia.

Não basta usar celular de última geração, se a essência é suja e mesquinha.

Voar ou ciscar o dia todo? Águias ou galinhas?

Na Sociedade Planetária, moderno é ser Cidadão.




Não há figura relevante, no Brasil de hoje, que não esteja sendo julgada

Leonardo Attuch

A proximidade do encerramento do processo do mensalão, considerado por muitos o “julgamento do século”, criou uma situação inédita e inusitada no Brasil. Não há figura relevante no País que não esteja sendo julgada pela sociedade. A começar pelos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal. Será que o ministro Ricardo Lewandovski, ao não apresentar seu relatório, joga deliberadamente pela prescrição dos crimes? Será que José Antônio Dias Toffoli, que já advogou para o PT, terá isenção para participar do julgamento? Será que Gilmar Mendes, com a sua notória compulsão pelo microfone, não estaria falando demais? E assim por diante.

Esse julgamento do STF tem sido feito pelos próprios meios de comunicação, que nem sempre revelam sua agenda política, mas se julgam no direito de também pressionar a mais alta corte do País. Por isso mesmo, quem julga também vem sendo julgado. O que há por trás desse artigo? Qual é a intenção velada que existe por trás daquele? Por que A fala com B, com C ou com D?

E se não bastasse o mensalão, há ainda a CPI do caso Cachoeira, que já tem dois governadores convocados: o tucano Marconi Perillo, que terá que explicar a venda de sua casa, e o petista Agnelo Queiroz, que falará dos contatos de assessores com pessoas ligadas à construtora Delta. Mas não são apenas eles. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também pode vir a ser alvo de uma ação por crime de responsabilidade. E até mesmo o advogado mais caro do País, Marcio Thomaz Bastos, vem sendo questionado por estar recebendo R$ 15 milhões de um contraventor.

São tantos “réus”, no Executivo, no Judiciário, no Legislativo, na imprensa e na advocacia, que quem deve estar rindo à toa diante de tudo isso é o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Quase ninguém fala dos seus crimes, que ao que tudo indica não são poucos. Há tantos pecadores espalhados por aí, que um dos mais notórios, o senador Demóstenes Torres, desandou a falar de Deus e de sua fé no dia do depoimento no Conselho de Ética. Parecia uma freira no convento.

Ao que dizem, no fim dos tempos, no grande Armagedom, o filho de Deus voltará à Terra para julgar “os vivos e os mortos”. Será que esse dia do juízo final já chegou e ainda não fomos avisados?

Brasil 247
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