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sexta-feira, 2 de março de 2012

"Meia dúzia de juízes vagabundos tentam nos intimidar", diz Eliana Calmon



A aguerrida e midiática ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, que está hoje em São Paulo participando de evento na Justiça Federal, desabafou e pediu ajuda da banda boa do Judiciário, chamando os juízes corretos de seu "exército", pedindo que se alinhem com ela no combate aos Bandidos de Toga.


O Mal é muito unido. Faz bem a combativa ministra, conclamando os bons magistrados a participar com ela da luta pela moralização do Judiciário.


"Nos expomos para não dar em nada", diz Eliana Calmon

Corregedora Nacional de Justiça diz em evento em SP que muitas vezes bons juízes ficam reféns de intimidações de "meia dúzia de vagabundos"

Fausto Macedo


A ministra e corregedora Nacional de Justiça Eliana Calmon disse, durante evento na Justiça Federal em São Paulo, que "uma meia dúzia de juízes vagabundos muitas vezes tentam nos intimidar e nós ficamos reféns deles". Segundo ela, isso está acontecendo "porque não se acredita no sistema".

Para Eliana Calmon, o sistema judiciário está em descrédito - Celso Junior/AE 01.02.2012
Celso Junior/AE 01.02.2012
Para Eliana Calmon, o sistema judiciário está em descrédito
Segundo a ministra, a ação tem que ser conjunta. "Nós ficamos muitas vezes pensando o seguinte: eu vou me expor, eu vou botar minha carreira em risco para dar em nada. A corregedoria quer apurar, a corregedoria não aceita que isso possa ser escondido, queremos trazer para a luz aqueles que não merecem a nossa consideração, em nome da grande maioria dos juízes, que trabalha".


"Um corregedor não faz isso sozinho", disse a ministra. "Eu preciso do meu exército, que são os bons juízes".


Calmon afirmou ainda que pode até propor a revogação da Resolução 123, do próprio Conselho Nacional de Justiça, que permite aos tribunais ratearem valores relativos a rendimentos do dinheiro dos precatórios que fica depositado em uma conta específica. Os credores dos precatórios reclamam que essas aplicações deveriam ser revertidas para eles que estão na fila há muitos anos.

A ministra recomendou com veemência a um numeroso grupo de juízes federais que a ouviam no evento sobre os 10 anos do Juizado Especial Federal, que procurem obter melhor estrutura. "Devemos parar com a apologia às nossas prerrogativas e lutar mais pelos interesses institucionais da magistratura. Não sabemos conduzir politicamente as nossas reivindicações. Não é só dinheiro que importa, não é só salário que importa, não é só penduricalho que importa, as condições de trabalho também."

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