Depois de vários posts-denúncia sobre violências de todo tipo que venho sofrendo há meses dentro de minha própria casa, desferidas por um casal de marginais a quem processo criminalmente, decidi dar início a uma série de matérias para tratar destas violências e do que porventura esteja por trás delas. De infrações ao Código Penal a flagrantes violações de direitos humanos, os ilícitos são vários e a impunidade corre solta. A história é no mínimo escabrosa. E acontece não em lugarejos distantes e perdidos no interior do Brasil, mas na maior cidade brasileira, na cidade de São Paulo.
"Se queres ser universal, começa por falar da tua aldeia."
Leon Tolstoi
Engenheiro Goulart, um pequenino bairro situado na região leste da cidade de São Paulo, é a "aldeia" da blogueira. O bairro pertence à esfera administrativa da Subprefeitura da Penha e está sob jurisdição do Fórum Regional Penha de França. O prefeito da cidade de São Paulo é Gilberto Kassab (ex-DEM) e o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).
O nome Engenheiro Goulart vem da estação de trem, construída em 1934, e é homenagem a engenheiro que trabalhou na construção da via férrea, hoje linha Safira, que liga o bairro do Brás, no centro da cidade, à estação Calmon Viana, na estância hidromineral e turística de Poá, município da Grande São Paulo.
As ruas mais antigas do bairro têm nomes de profissões: Rua dos Professores, Rua dos Artífices, Rua dos Desenhistas, Rua dos Economistas, Rua dos Horticultores. E por falar em horticultura, no bairro há muitas famílias descendentes de japoneses, alguns ainda hoje feirantes. Do outro lado da via férrea, na várzea do rio Tietê, quando a família Amorim aqui se estabeleceu, no início dos anos 70, havia muitas hortas cultivadas por imigrantes japoneses e descendentes.
Viver em Engenheiro Goulart é alto risco para a blogueira, mas pode ser um privilégio para os demais moradores. O bairro está há vinte minutos de trem do centro da cidade e conserva uma certa atmosfera interiorana, com suas ruas tranquilas e arborizadas.
O bairro antigo passa por uma reestruturação arquitetônica. Várias construções das décadas de 30 e 40 vão dando lugar a casas modernas e até pós-modernas.
Um bairro tão pequeno não comporta mais que duas padarias, duas farmácias, uma papelaria, uma lan-house, uma Unidade Básica de Saúde e outros estabelecimentos de um pequeno comércio. Mas, curiosamente, Engenheiro Goulart abriga um teatro, o Teatro Municipal Flávio Império. E um grande parque, o Parque Ecológico do Tietê. Imenso, com várias trilhas, um pipódromo, lago, quadras poliesportivas, piscinas e muitos animais selvagens, como capivaras, antas, quatis e macacos, boa parte deles soltos.
Vizinho de Engenheiro Goulart encontra-se o campus leste da USP, Universidade de São Paulo. E não muito longe, o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
É neste bairro gracioso que meu pai, José, operário aposentado da Companhia Nitroquímica Brasileira/Grupo Votorantim, e minha mãe, Geralda, dona de casa, adquiriram em 1972 a casa em que vivo hoje, compartilhando espaços com gente violenta e arrivista.
A seguir, algumas imagens da minha "aldeia" e um passeio virtual de bicicleta pelas cercanias do bairro.
dessa história-reportagem.
E agora, pra relaxar, vamos pedalar, num passeio gostoso de bicicleta pelo Parque Várzeas do Tietê, sentindo o vento no rosto... Junte-se a nós! Join us!
*
Nem parece São Paulo. Lugar aprazível.
ResponderExcluirMaravilhoso, ZCarlos. E fica na região "menos nobre" da cidade, esquecida pelos políticos. Ou melhor: lembrada geralmente só em época de eleição. Não chega a ser uma Camboriú, claro, mas certamente tem seus encantos. Abraços.
ResponderExcluirQue delícia Sonia, sabe que senti uma imensa vontade de ir até aí?
ResponderExcluirHoje quando vi seu coment no blog fiquei preocupada e ansiosa por arranjar um jeito de lhe ajudar...mas como?
Me diga e o que eu puder lhe farei...prometo!
Por favor se cuide por você, por mim, por todos nós!
Beijos querida amiga blogueira do coração.
Minha querida amiga, você está aqui dentro do meu coração, fique certa disso, aconteça o que acontecer. Continuo acuada por quadrilhas, dentro de minha casa, nos arredores. Me pressionam e constrangem de todas as formas. Dentro de minha casa, como disse no post, dois marginais, criminosos, desavergonhados, descarados, que não se intimidam nem com a ação criminal que movo contra eles. Sou ofendida, humilhada, ameaçada dentro de minha própria casa. Inventam e disseminam as histórias mais escabrosas a meu respeito, espalhando na vizinhança. Uma forma de ajuda é, e eu te autorizo a fazer, reproduzir em teu blog trechos de minhas denúncias. E enviar trechos a autoridades FEDERAIS, ministérios das mulheres, direitos humanos, justiça, gabinete da Presidência... pedindo intervenção e ajuda. Vou tentar achar teu email particular para te passar informaçoes confidenciais, que não posso postar aqui. Pra você ter uma ideia, estou numa lan-house. Não tenho como escrever de casa. Fique tranquila. Preciso muito de vocês todos, mas calmos, donos da situação. As quadrilhas são poderosas, tentam me calar há um ano e meio e até agora não conseguiram. CRIME DO COLARINHO BRANCO. Só os marginais que não querem sair de minha casa são pés de chinelo. O resto é criminoso engravatado, e há muitas mulheres, inclusive advogadas e juízas. Obrigada por tudo. Estou escrevendo rápido, porque quero mandar outras mensagens a outros amigos. Que Deus te abençoe infinitamente! Você tem muitos leitores, inclusive fora do Brasil. Se for possível, divulgue meus posts ou trechos, quando falo das violências. Não sei mais o que te dizer. Teu carinho e apoio aquecem meu coração e me fortalecem muito. Grande abraço, beijo carinhoso, AMIGA, CIDADÃ, BLOGUEIRA DO CORAÇÃO.
ResponderExcluirMeu bairro.Tive o prazer de morar em Engenheiro Goulart até os meu 15 anos.Estudei na Escola Adventista de Engº Goulart.
ResponderExcluirAmo esse bairro,mas infelizmente deixei de ser moradora desde 2004 quando minha mãe teve " brilhante ideia" de comprar um apartamento na Penha.Confesso que até gosto da Penha,mas meu coração é de Engº Goulart.Visito a minha vó que ainda mora lá,mas não quero ser apenas uma visitante e quero voltar a ser moradora.rs
Em 2002 estudei teatro no Flavio Imperio,onde guardo boas lembranças.
Esse lugar tem o doce sabor da minha infancia,que jamais esquecerei..
Se tudo der certo,agora em 2013 estou voltando pra lá,com muita saudade!
Oi, Aline, que bom receber tua mensagem! Nossa, volte, mesmo, pra EG... é um bairro muito gostoso, tirando essa bandidagem que me persegue... E está crescendo. Vai sair daqui da estação um trem para o aeroporto. Mas o bairro, você sabe, não tem muito espaço para se expandir... felizmente... pois é limitado pela rua dos Professores e a Rubens Fraga... Espero que Engenheiro Goulart não perca suas características de tranquilidade e bucolismo... Quando vier, me avise! Grande abraço!
ResponderExcluirSim!Tenho seu blog salvo nos "Meus Favoritos".
ResponderExcluirO problema de EG é alguns casos que escutamos de assalto,que nos entristesse.Também espero que Engenheiro Goulart não perca suas características de tranquilidade.
Em 2013,estou voltando com fé em DEUS.
Beijos
Até onde sei, o bairro continua seguro, se comparado a outros. Talvez mais agitado pelos uspianos... Algumas repúblicas começam a surgir. Temos uma lan-house ótima, no centrinho, da Branca e Marcelo. Eles prestam vários serviços no ramo... Aos poucos vamos entrando no "Primeiro Mundo", sem perder o sossego e o bucolismo... Volte, sim! Seja bem-vinda! Beijos.
ResponderExcluir