Lésbicas fazem marcha na Paulista um dia antes da Parada Gay
Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de SP está na 9ª edição.
Evento pede aprovação de projeto de lei que criminaliza homofobia.
Darlan Alvarenga
G1 São Paulo
(Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Lésbicas e bissexuais fizeram na tarde deste sábado (25) uma marcha na Avenida Paulista, um dia antes da 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Com um trio elétrico, a passeata saiu da praça Osvaldo Cruz e seguiu até a Praça dos Ciclistas, onde está prevista a realização de shows até as 18h.
De acordo com a Polícia Militar, o trecho entre a rua Bela Cintra e a Avenida Consolação, no sentido Consolação, ficará interditado até o término do evento. Cerca de 1.500 participaram da caminhada, segundo polícias militares que fizeram a escolta até a praça.
da Parada Gay (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Esta é a 9ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo. Márcia Balades, da comissão organizadora, explicou que essa marcha sempre acontece um dia antes da Parada Gay. “A Parada Gay é uma coisa mais festiva. A nossa caminhada tem caráter mais político”, disse.
Segundo os organizadores, o objetivo do evento é tirar as lésbicas e bissexuais da condição de invisibilidade.
Nos cartazes e nas palavras de ordem exclamadas do trio elétrico, mensagens de protesto contra a violência, o racismo, o machismo a homofobia, "a bifobia" e a "lesbofobia".
A caminhada comemora este ano a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu o direito à união estável, e reivindica a aprovação projeto de lei que criminaliza a homofobia.
(Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Os participantes também defendem uma política de saúde pública direcionada para as lésbicas. "É comum a gente ir a um posto de saúde e nos oferecerem camisinhas. Se esquecem que também existe sexo quando são duas mulheres envolvidas", protestou Natália Ribeiro.
As namoradas Eliane Dias e Jully Soares vieram de Belo Horizonte para participar da caminhada e da parada gay. "Sou militante, mas é a primeira vez que venho participar dessa parada que tem repercussão política nacional", disse Jully. "Somos parceiras afetivas e sociais", completou Eliane.
Parte dos integrantes da caminhada também deve participar da Parada Gay deste domingo, de acordo com os organizadores.
Consolação neste sábado (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
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