Sempre defendemos aqui a cidadania ativa: que a cidadã e o cidadão esbulhado em seus direitos reclame, denuncie, indague, proteste, compartilhe com outros cidadãos, torne público, critique, exponha... enfim, leve ao conhecimento das autoridades constituídas, para que sejam tomadas as medidas, judiciais ou não, cabíveis. E traga também ao conhecimento público.
Agora, o Estado brasileiro precisa fazer sua parte: acolher a manifestação do cidadão, dar-lhe proteção quando sua vida e integridade física estiverem em risco etc. etc. E com presteza, com agilidade.
O Judiciário precisa ser saneado, higienizado. Precisa sofrer uma faxina geral, para expurgar de seus quadros a bandidagem de terno e gravata e de sapato de bico fino...
Ninguém aqui é ingênuo ou está dizendo que é fácil.
Os outros dois pilares da República - Legislativo e Executivo - já passam por um controle social da cidadania e da mídia. Mas o Todo-Poderoso Judiciário há séculos faz e desfaz, muitas vezes com a maior desfaçatez, e nada acontece.
Abaixo a Ditadura do Judiciário!
E proteção imediata, urgente, para a cidadã que enfrentou os assassinos fardados e os denunciou na hora, ao presenciar a execução que cometeram em cemitério da Grande São Paulo. Leia aqui.
Dona Maria da Paz ou Dona Esperança, como a nomeamos aqui, foi exposta pela Corregedoria da Polícia Militar (veja abaixo), que divulgou o áudio da conversa entre a cidadã e os criminosos sem proceder a uma alteração de voz para preservação de sua identidade. Um absurdo!
E pelas notícias na mídia, já sabemos que a cidadã tem 42 anos, é professora, casada e tem três filhos. Ferraz de Vasconcelos não é São Paulo. É um município pequeno, comparado a outras cidades do estado. Por que divulgar tanta informação sobre uma pessoa em situação de risco?
Proteção integral para a cidadã e outros tantos que têm a coragem e a dignidade de encarar essas situações constrangedoras e ameaçadoras!
Mulher que denunciou execução se diz traída pela Corregedoria, diz jornal
Testemunha de ação de policiais em cemitério foi ouvida pelo “Agora”.
Ela reclama da divulgação de sua voz em gravação para o telefone 190.
G1 SP
A mulher que denunciou uma execução feita por policiais militares dentro de um cemitério de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, disse em entrevista ao jornal “Agora” que se sente traída pela Corregedoria da PM devido à divulgação da ligação que fez para o telefone 190. A testemunha reclamou que a gravação foi divulgada sem que sua voz fosse alterada, sendo que a Corregedoria havia prometido que ia preservar sua identidade.
“A Corregedoria prometeu me preservar e eu acreditei”, afirmou a mulher ao jornal. “O que a gente quer é que o processo corra. Se eu fiz alguma coisa, é o que era para ser feito.”
A testemunha afirmou que teme que seu nome e dados pessoais sejam divulgados. O Comando da PM não se manifestou sobre o assunto.
A mulher ligou para o 190 após ver dois policiais executarem um homem dentro do cemitério no dia 12 de março. Os policiais perceberam que ela havia presenciado o crime e a mulher chegou a confrontá-los.
Os dois policiais, um com 18 e outro com cinco anos de carreira na PM, estão presos no Presídio Romão Gomes e respondem a um inquérito policial militar. Segundo o coronel, o soldado veterano se envolveu antes em três ocorrências de resistência seguida de morte.
Segundo a polícia, o homem morto, Dileone Lacerda de Aquino, de 27 anos, tinha cumprido pena em Bauru, no interior de São Paulo, e havia sido preso antes por suspeita de roubo, desacato, receptação, formação de quadrilha e resistência à prisão.
O suspeito se envolveu em um roubo a um furgão de uma empresa de cosméticos no Itaim Paulista, Zona Leste da capital. Na tentativa de fuga, ele bateu o carro contra o muro de um condomínio e foi alvejado na perna esquerda pelos policiais. Em seguida, os policiais o colocaram no carro de polícia e o levaram até o cemitério. Lá, deram o tiro no peito que o matou. Em seguida, colocaram o corpo de volta no carro de polícia e o levaram até um pronto-socorro. Foi nesse momento que a denunciante presenciou a ação criminosa.
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“A Corregedoria prometeu me preservar e eu acreditei”, afirmou a mulher ao jornal. “O que a gente quer é que o processo corra. Se eu fiz alguma coisa, é o que era para ser feito.”
A testemunha afirmou que teme que seu nome e dados pessoais sejam divulgados. O Comando da PM não se manifestou sobre o assunto.
A mulher ligou para o 190 após ver dois policiais executarem um homem dentro do cemitério no dia 12 de março. Os policiais perceberam que ela havia presenciado o crime e a mulher chegou a confrontá-los.
Segundo a polícia, o homem morto, Dileone Lacerda de Aquino, de 27 anos, tinha cumprido pena em Bauru, no interior de São Paulo, e havia sido preso antes por suspeita de roubo, desacato, receptação, formação de quadrilha e resistência à prisão.
O suspeito se envolveu em um roubo a um furgão de uma empresa de cosméticos no Itaim Paulista, Zona Leste da capital. Na tentativa de fuga, ele bateu o carro contra o muro de um condomínio e foi alvejado na perna esquerda pelos policiais. Em seguida, os policiais o colocaram no carro de polícia e o levaram até o cemitério. Lá, deram o tiro no peito que o matou. Em seguida, colocaram o corpo de volta no carro de polícia e o levaram até um pronto-socorro. Foi nesse momento que a denunciante presenciou a ação criminosa.
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Depois querem que o cidadão acredite em disque-denúncia...eu não conheço ninguém que tem coragem de denunciar por que não acreditam naqueles que deveriam nos proteger e pior, hoje nem o judiciário tem mais crédito.
ResponderExcluirEssa cidadã merece mais que nosso respeito, merece que fiquemos atentos, denunciando mesmo qualquer risco que possa estar correndo.
Rosa, é preciso denunciar, sim. Em todas as instâncias em que for possível. E é preciso cobrar para que tais denúncias prosperem. Não há outra saída. Se nos calarmos, a situação toda só ficará pior. As mídias sociais têm um grande papel a desempenhar na sociedade da informação. Precisamos acreditar e exercitar isso.
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