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terça-feira, 10 de abril de 2012

ABC! Urgente: Todos de olho no STJ !!!



A qualquer momento a ministra goiana Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, e da mesma cidade do Senador Bandido Demóstenes Torres (ex-DEM), vai decidir se concede ou não o habeas corpus para o Chefe de Quadrilha Carlinhos Cachoeira.


Todos atentos ao STJ !!!


Nas mãos de juíza goiana a liberdade de Cachoeira


Foto: Divulgação

JUÍZA LAURITA VAZ, QUE PODE LIBERTAR CARLOS CACHOEIRA, É GOIANA E NASCEU NA PEQUENA ANICUNS, A MESMA CIDADE DE DEMÓSTENES TORRES; CRIMINALISTA MÁRCIO THOMAZ BASTOS JÁ EMBOLSOU R$ 5 MILHÕES, NA PRIMEIRA DE TRÊS PARCELAS DO PAGAMENTO; HABEAS CORPUS PODE SER JULGADO A QUALQUER MOMENTO

247 – Caiu nas mãos da juíza Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, o pedido de habeas corpus impetrado pelo criminalista Márcio Thomaz Bastos. Ex-ministro da Justiça do governo Lula, Bastos negociou por R$ 15 milhões a assessoria jurídica ao contraventor, que está detido num presído de segurança máxima em Mossoró (RN). O valor foi dividido em três parcelas iguais, das quais a primeira já foi paga.

A curiosidade é que o pedido de habeas corpus caiu nas mãos da juíza Laurita Vaz, que, assim como Cachoeira, é goiana. Outra coincidência: ela nasceu na pequena Anicuns, a mesma cidade natal do senador Demóstenes Torres. Ambos se formaram na mesma universidade: a PUC de Goiás.

Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro e provocou um tsunami político. Sua rede de influência pode provocar a cassação do senador Demóstenes e de outros políticos goianos, com os quais ele mantinha estreito relacionamento.


Brasil247
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Bicheiro no STF: a quem interessa tanta "morosidade"?



O Abra a Boca, Cidadão! responde: À sociedade brasileira certamente que não. Aos cidadãos brasileiros, enojados, cansados de tantas mazelas judiciárias, menos ainda.




STF: Notícia instantânea sobre loteria idem
Às 22h30 desta segunda-feira (9/4), o Supremo Tribunal Federal colocou no ar notícia sobre despacho do ministro Gilmar Mendes proferido no mesmo dia em ação que tramita na Corte desde 2005, que trata da exploração de loteria instantânea em Goiás (*).

Segundo a nota do STF, o ministro “determinou que as partes envolvidas em processo sobre exploração de caça-níqueis, em Goiás, se manifestem, no prazo de cinco dias, sobre recurso de apelação apresentado no caso, bem como sobre o interesse no prosseguimento da ação”.

Sob o título “Decisão sobre jogos de Cachoeira se arrasta no STF”, reportagem de Roberto Maltchik, de “O Globo“, trata do mesmo assunto nesta terça-feira (10/4). [Veja a seguir]
Decisão sobre jogos de Cachoeira se arrasta no Supremo

Marconi Perillo, governador de Goiás, autorizou em 2000 exploração de caça-níqueis

ROBERTO MALTCHICK





Gilmar Mendes, ministro do STF, mandou arquivar ação do MP
Foto: O Globo / Aílton de Freitas



Gilmar Mendes, ministro do STF, mandou arquivar ação do MPO GLOBO / AÍLTON DE FREITAS

BRASÍLIA - Uma ação iniciada pelo Ministério Público de Goiás tramita desde 2005 no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando anular lei daquele estado que autoriza a exploração de loterias instantâneas. Naquele ano, chegou ao ministro Cezar Peluso, que, como relator escolhido para o caso, deixou o processo parado por cinco anos, até que ele foi redistribuído e caiu nas mãos do ministro Gilmar Mendes - que mandou arquivar a ação do MP. Sem entrar no mérito sobre a validade ou não da legislação estadual, Gilmar tomou a decisão com base em falhas processuais. A lei e o decreto que regulamentou essa norma foram assinados, em 2000, pelo então governador Marconi Perillo (PSDB), eleito para novo mandato em 2010. A legislação abria brecha para que o governo contratasse empresa para explorar até mesmo caça-níqueis, segundo promotores. A principal beneficiada seria a empresa Gerplan, que pertencia ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Apesar da lei aprovada e do decreto assinado, Marconi Perillo não levou adiante a exploração das loterias instantâneas. O governo de Goiás argumenta que não pôs a norma em prática por recomendação dos próprios promotores, que advertiam sobre a existência de brecha na lei para a exploração de caça-níqueis. Ainda assim, o processo judicial se arrasta até hoje, e, agora, a Advocacia Geral da União (AGU) pede ao ministro Gilmar Mendes que reconsidere a decisão.

AGU diz que houve fraude processual

A Gerplan - Gerenciamento e Planejamento Ltda. é citada em relatório da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, como uma das empresas que serviam às atividades de Carlinhos Cachoeira, preso desde 29 de fevereiro sob a acusação de liderar esquema de exploração de jogos de azar em Goiás. De acordo com o relatório da PF, a Gerplan já está desativada. O artigo 4º do decreto 5.282 prevê que, entre as modalidades de loteria que poderiam ser exploradas em Goiás, estava a loteria de terminal ou videoloteria, “que consiste na utilização de equipamento ou terminal de apostas, dotado de vídeo, capaz de demonstrar o resultado de combinação de números, palavras, símbolos ou figuras”.

A polêmica foi parar no STF em 2005, depois que o MP recorreu ao Tribunal de Justiça de Goiás para questionar decisão da primeira instância, que, em 2002, considerou válida a norma editada por Perillo. E só subiu ao STF porque a AGU entrou como parte interessada, uma vez que a Constituição permite exclusivamente à União legislar sobre a exploração de loterias. Em 2007, a Suprema Corte reforçou a lei, ao julgar procedente Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo mesmo MP de Goiás, contra todas as leis estaduais que versavam sobre jogos.

Em 2010, cinco anos após chegar ao STF, o relator da ação, ministro Cezar Peluso, assumiu a presidência da Corte. O processo foi redistribuído, então, ao ministro Gilmar Mendes. O processo passou mais de um ano com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele recebeu os autos em abril de 2010 e os devolveu ao STF em dezembro do ano seguinte.


Em 2 de fevereiro deste ano, Gilmar Mendes arquivou a ação ao encontrar um erro processual do MP, que os promotores não reconhecem. Em sua decisão, o ministro do STF explica que o Ministério Público perdeu o prazo para recorrer da decisão de primeira instância. O Ministério Público foi intimado da sentença em 20 de agosto de 2002, e teria 30 dias para apresentar o recurso, carimbado no protocolo em 25 de setembro. Teoricamente, o prazo venceu.

“Verifico que o recorrente foi intimado da sentença em 20 de agosto de 2002, conforme a certidão de folhas 622. No carimbo de protocolo do recurso, no entanto, consta a data de 25 de setembro de 2002, posterior ao término do prazo de 30 dias. (...) Notório, portanto, a intempestividade do recurso, tendo a sentença transitado em julgado”, afirma o ministro Gilmar Mendes na decisão.

Mas o Ministério Público e o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, argumentam que houve erro ou fraude processual, no âmbito da Justiça de Goiás. No agravo, encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, em fevereiro, a AGU afirma que a ação do MP já justificava a presumida perda de prazo.

A ação relata que o recurso teria sido impetrado em 19 de agosto de 2002, portanto, no prazo regimental. A AGU reproduziu cópia do recibo manuscrito, assinado por um servidor do cartório identificado apenas como “Wilson”, com a data de 19 de setembro daquele ano. E alega que o argumento da perda de prazo é “inverídico”.

“Assim, demonstrando o equívoco/falsidade da certidão que ensejou a decisão ora recorrida, merece ser provido o presente agravo, julgando-se tempestiva a apelação interposta pelo MP/GO. Caso assim não entenda, requer que o feito seja conduzido ao plenário do STF, de maneira que o presente agravo seja provido”, conclui a AGU, em agravo assinado por Adams e os advogados Grace Fernandes Mendonça e Alisson da Cunha Almeida.

O governo de Goiás assegura que não há exploração da loteria instantânea, apesar do arquivamento da ação do MP.

A assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal informou que o ministro Gilmar Mendes terá que decidir sobre o caso, por isso, não pode se pronunciar fora dos autos. A AGU também se limitou a confirmar que atua no caso e que defende os argumentos presentes na ação.

Blog do Fred

O Globo Online


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segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Plantadora de Brócolis e os implacáveis Senhores de Toga


Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta.
                                                                                            Rui Barbosa



Uma história Severina

Como uma plantadora de brócolis analfabeta enfrentou o STF e conseguiu o direito (tardio) de abortar um anencéfalo

Debóra Diniz, da UNB
A história de Severina foi cantada por uma repentista e desenhada por um xilogravurista. Mocinha de Passira e J. Borges deram vozes e cores nativas ao filme que leva o nome da protagonista, Uma História Severina. O documentário conta a peregrinação de Severina, uma agricultora pobre e analfabeta de Chã Grande, cidade do brejo pernambucano. Por uma triste coincidência, ela estava internada em um hospital público de Recife na mesma tarde em que o Supremo Tribunal Federal cancelou a liminar de anencefalia em 2004. Grávida de 14 semanas de um feto sem cérebro, teve que voltar para o sítio em que vivia para iniciar uma longa jornada por tribunais e hospitais. Foram três meses de idas e vindas para o novo alvará autorizando o aborto, resumidos nas palavras de seu marido Rosivaldo pela memória do arquivo: "Foi preciso uma pasta bem grande para guardar todos os papéis que recebemos".

Em janeiro de 2005, Severina deu à luz um feto natimorto. Em resguardo pelas dores do parto, ela só conheceu a cova de seu filho anônimo pelas imagens do documentário. "Eu nem sei onde é a covinha dele", disse ao assistir ao enterro pela primeira vez, em um misto de superação e melancolia. A gravidez de Severina foi desejada. Mãe de Walmir, hoje com 12 anos, queria crescer a família. Walmir sonhava com um irmão e Rosivaldo com uma filha. Católica, antes de decidir pela antecipação do parto buscou conforto no padre de sua paróquia. O padre ouviu sua dor e não foi capaz de demovê-la da escolha. Ela e Rosivaldo exibiam a ecografia do "feto sem cérebro" para quem quisesse se convencer do caráter irreversível do diagnóstico. A imagem era o argumento mais forte que possuíam para uma dor invisível à lei penal.

Severina descobriu que o Brasil possui uma Suprema Corte há oito anos. Antes mesmo de ser apresentada aos ministros do STF pelo documentário, foi no hospital que ouviu falar deles pela primeira vez. Uma das xilogravuras de J. Borges registrou esse instante: o enquadramento é o Jornal Nacional, as imagens são os ministros do STF, a audiência é a solitária Severina. A abstração dos argumentos dos juízes não falavam da dor de Severina, tampouco da realidade de seu corpo que gestava um feto que não sobreviveria ao parto. Menos ainda do mundo concreto de uma mulher que voltaria à plantação de brócolis no dia seguinte. O médico que cuidava de suas aflições assumiu o lugar de tradutor das leis. Sem a liminar, o médico explicou a Severina que restavam duas opções: esperar os nove meses de gestação ou tentar um alvará na comarca de Chã Grande. Severina ignorou o verso cantado por Mocinha de Passira sobre sua história, "os homens de toga e de batina não autorizaram parar o movimento", e iniciou a jornada pelos papéis e burocracias. Rosivaldo mantém a pasta arquivo intocável como memória dos meses de espera.

Em 2004, Severina estava em uma sala de espera de um hospital público para ser atendida. Para ela, o médico era a autoridade máxima. Foi ali que descobriu que, sem o juiz, o médico não poderia socorrê-la. Mas como convencer o juiz de Chã Grande se o ministro da Suprema Corte dizia que a dor dignificaria uma mulher? Severina não sabe o que fez o juiz local ouvi-la, mas, com o alvará em mãos, retornou ao hospital para ser atendida. No caminho, comprou a única peça do enxoval, a roupa que acompanhou o caixão branco. Sentiu as dores do parto para em seguida secar o leite do filho natimorto. Nesses quase oito anos, sua dor se esvaiu no sol quente da plantação de brócolis. Não há rancor nem heroísmo em sua voz. Severina e Rosivaldo não tiveram mais filhos. Lembram do passado como uma história.

Severina decidiu fazer uma grande viagem. Sairá pela primeira vez das fronteiras de Pernambuco, Estado que resume a geografia de sua existência. Fará sua primeira viagem de avião, acompanhada de Rosivaldo e Walmir. Neste dia 11, Severina estará na primeira fileira de um dos julgamentos mais longos da história do STF. Ela quer ouvir, ver e sentir a abstração do poder. Quer se exibir como uma história encarnada de uma dor - ela é a mulher que viveu a sentença da Suprema Corte há oito anos. Hoje, representa outras severinas ainda por vir. Severina não é uma tese jurídica: é uma mulher concreta, cuja dignidade não é medida pela maternidade compulsória, mas pelo reconhecimento do caráter sublime do direito de escolha. Severina não falará aos ministros, mas sua presença descreverá uma existência que a abstração da lei acredita poder ignorar.
*

domingo, 8 de abril de 2012

S.O.S. Animal: Crueldade Nunca Mais !



Os animais precisam da nossa ajuda urgente!


Saiba o que fazer agora, lendo a Carta Aberta abaixo, assistindo ao vídeo da ativista Nina Rosa e participando do abaixo-assinado.


Crueldade Nunca Mais!




CARTA ABERTA A FAVOR DA VIDA

A atual legislação é muito branda, no que tange à penalização para quem comete crimes contra animais, e a sociedade brasileira tem se revoltado, e se manifestado, diante das atrocidades cometidas contra os indefesos, demonstrando seu anseio por uma penalização para tais atos.

Está em discussão a reforma do Código Penal Brasileiro, e há notícias de que a Lei dos Crimes Ambientais, 9605/98, cujo artigo 32 criminaliza os atos de crueldade contra animais seria encampada no Novo Código Penal, e que as condutas já previstas como crime passariam a ser consideradas meras infrações administrativas, sendo punidas, unicamente,  com o pagamento de multas.

Os animais pedem ajuda! Junte-se a nós e lute por eles!

Leia e assine a petição: www.crueldadenuncamais.com.br

Vídeo da ativista Nina Rosa Jacob, do Instituto Nina Rosa:




Link do vídeo

Bem-Aventurados os que Têm Fome e Sede de JUSTIÇA !



Os textos sagrados nos mostram que Jesus, em seu tempo, assumiu atitudes radicalmente subversivas. 


Jesus protestou e se rebelou contra o Alto Clero, expulsou os vendilhões do Templo (os corruptos da época), a que chamou "covil de ladrões", defendeu os pobres, os mais frágeis, e nos legou exemplos de ação e palavras verdadeiramente sagradas.


Celebremos a Ressurreição daquele que foi O Maior dos Revolucionários!






Feliz Páscoa!


Sermão da Montanha (As Bem-Aventuranças)

Vendo ele as multidões, subiu ao monte. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos. E pôs-se a falar e os ensinava, dizendo:


"Bem-aventurados os pobres em espírito, 
porque deles é o Reino dos Céus.  


Bem-aventurados os mansos
porque herdarão a terra.


Bem-aventurados os aflitos,
porque serão consolados.


Bem-aventurados os que têm fome
e sede de JUSTIÇA,
porque serão saciados.


Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.


Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.


Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.


Bem-aventurados os que são perseguidos
por causa da JUSTIÇA,
porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que viveram antes de vós."

Jesus, Alegria dos Homens*



Jesus continua sendo minha Alegria,

o conforto e a seiva do meu coração

Jesus refreia a minha tristeza,

Ele é a força da minha vida

É o deleite e o sol dos meus olhos,

O tesouro e a grande felicidade da minha alma,

Por isso, eu não deixarei ir Jesus

do meu coração e da minha presença.


Bem-aventurado sou, porque tenho Jesus.

Oh, quão firmemente eu o seguro,

Para que traga refrigério ao meu coração,

quando estou triste e abatido.

Eu tenho Jesus, que me ama e se confia a mim.

Ah! Por isso não o deixarei,

Mesmo que meu coração se quebre.


Link do vídeo


* Jesus bleibet meine Freude, J. S. Bach, Cantata BWV 147.


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sábado, 7 de abril de 2012

Se não há Justiça, haverá Esculacho...



Isso é apenas o começo...





Reproduzo do Blog do Sakamoto:

Manifestantes fazem protesto em frente à casa de legista acusado de encobrir tortura


Leonardo Sakamoto


Cerca de 100 pessoas realizaram uma manifestação na frente da casa do médico legista e ex-diretor do Instituto Médico Legal, Harry Shibata, na tarde deste sábado (7), na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo.

Ele é acusado de ser responsável por falsos atestados de óbito usados para acobertar assassinatos de opositores pela ditadura militar, ignorando marcas deixadas por sessões de tortura e produzindo laudos de acordo com as necessidades dos militares. Na manhã deste sábado, os bairros de Pinheiros e da Vila Madalena já haviam amanhecido com centenas de cartazes acusando Shibata, colados por manifestantes durante a madrugada.

                                                                                     Fotos: Leonardo Sakamoto

Sob o lema “Se não há justiça, há esculacho popular”, uma coroa de flores foi colocada no portão de sua casa ao lado de fotos de mortos durante o regime cujos laudos necroscópicos teriam sido alterados por ele. Os manifestantes, que marcharam em passeata da esquina das ruas Fradique Coutinho e Inácio Pereira da Rocha até a casa de Shibata a cinco quadras de distância, encerrariam o ato com discursos em uma praça ao lado.


O grupo, que afirma não estar ligado a nenhum sindicato, partido político ou entidade, diz que é formado por pessoas preocupadas com o direito à verdade e à justiça em relação aos crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura militar. Eles exigem que Shibata seja “intimado para depor na Comissão da Verdade”, de acordo com um panfleto distribuído no ato.

A Comissão foi criada para esclarecer quem foram os responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura, mas sem poder de punição. O Palácio do Planalto tem sofrido críticas por conta da demora em sua instalação.


Os manifestantes lembraram também que o médico está sendo processado pelo Ministério Público Federal, junto com outras autoridades da época, pelo crime de ocultação de cadáver. “A tortura e os assassinatos praticados durante a ditadura militar permanecem como prática institucional do Estado. E a impunidade dos crimes praticados pelo Estado no passado funciona como uma “carta branca” para que as forças policiais e as Forças Armadas o façam hoje”, diz o panfleto.


Blog do Sakamoto


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Cachoeira comandava 30 oficiais da PM, 6 delegados de polícia e 2 delegados da PF



Além do Senador Bandido Demóstenes Torres (ex-DEM), o Poderoso Chefão Carlinhos Cachoeira contava com o apoio de policiais civis, militares e até delegados da Polícia Federal em suas atividades criminosas. Sem contar que outros políticos, de vários partidos, podem estar envolvidos, inclusive o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).


O megalomaníaco bicheiro pretendia até infiltrar comparsas na base parlamentar da presidenta Dilma.


A ignorância é atrevida, como dizem. E a criminalidade, mais ainda.





Rede de contravenção de Cachoeira contava com policiais e delegados da PF

Oficiais vazavam informações privilegiadas e driblavam até a ação da Força Nacional de Segurança


Marta Salomon
BRASÍLIA - Além de elos com políticos, a organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tinha sob suas ordens dois delegados da Polícia Federal e 30 policiais militares, que vazavam informações privilegiadas e driblavam até a ação da Força Nacional de Segurança, quando atuava na repressão a jogos ilícitos em Goiás e nos arredores de Brasília.
Bicheiro tinha sob suas ordens 30 PMs e dois delegados da PF  - Ed Ferreira/AE - 13/07/2005
Ed Ferreira/AE - 13/07/2005
Bicheiro tinha sob suas ordens 30 PMs e dois delegados da PF
De acordo com investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contraventor - acusado de comandar uma rede de jogos ilegais - à prisão em fevereiro, R$ 200 mil teria sido o valor pago por Carlinhos Cachoeira para contar com os serviços do delegado da Polícia Federal Fernando Antonio Heredia Byron Filho, também preso na operação.
Byron integrava o time de interlocutores de Cachoeira que, como o senador Demóstenes Torres (Sem partido-GO), se comunicava com o contraventor por meio de aparelhos de rádio Nextel habilitados no exterior para tentar escapar de escutas telefônicas. Seu papel era garantir a exploração de máquinas de caça-níqueis, vazar e direcionar investigações, a pedido de Cachoeira, a quem se refere como “guerreiro velho”. O contraventor o chamava de “doutor”.
Apartamento. Em agosto do ano passado, Byron prestou contas de um serviço para o contraventor e aproveitou para pedir um adiantamento de dinheiro para pagar um apartamento. A conversa telefônica foi interceptada pela operação Monte Carlo. A outro delegado da PF preso na operação, Deuselino Valadares dos Santos, o preço pago por Cachoeira foi bem mais alto.
Conhecido na organização como “Neguinho”, Deuselino Valadares foi cooptado quando chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. Auditores fiscais atestaram enriquecimento do delegado, incompatível com os rendimentos declarados ao Fisco.
Em 2011, ano em que foi afastado do cargo, Deuselino e sua mulher, Luanna Bastos Pires Valadares, teriam comprado à vista uma fazenda no município de Juarina, no Tocantins, por mais de R$ 1 milhão. Luanna também seria sócia de um “laranja” de Cachoeira numa empresa de segurança, a Ideal.
Antes de ser cooptado pelo contraventor, Deuselino assinou relatório de outra investigação, no qual o senador Demóstenes Torres aparecia como destinatário de 30% dos ganhos de Carlinhos Cachoeira.
Segundo reportagem da revista Carta Capital, um último relatório assinado pelo delegado da PF, em maio de 2006, exibia, com detalhes, o esquema do “propinoduto” de Cachoeira, do qual passaria a fazer parte.
Demóstenes. As ligações do senador Demóstenes Torres com o contraventor voltaram a ser investigadas pela Polícia Federal em 2008, em outra operação de combate ao jogo ilegal, a Las Vegas. As conversas do senador com Carlinhos Cachoeira foram grampeadas na ocasião. O inquérito da PF foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República em 2009, mas o procurador Roberto Gurgel optou por não repassar a informação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A relação de Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira começara havia anos, quando o senador era secretário de Segurança em Goiás, durante o primeiro mandato do governador Marconi Perillo (PSDB). Isso ocorreu antes de o contraventor aparecer como pivô do primeiro escândalo do governo Lula, a partir da divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, então subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, subordinado ao então ministro José Dirceu, foi flagrado negociando propina com o contraventor no processo de legalização dos jogos.
Teia política. As investigações mostram que Carlinhos Cachoeira mantinha esquema de contatos políticos e com agentes da área de segurança, para garantir prosperidade aos seus negócios. Demóstenes Torres transitou nos dois grupos. Do esquema do contraventor também fariam parte seis delegados da Polícia Civil e 30 policiais militares.
Preso na operação Monte Carlo, o comandante da Polícia Militar de Luziânia (GO), major Uziel Nunes dos Reis, foi um dos que prestaram serviço a Cachoeira. Em agosto do ano passado, o major teria contribuído para evitar o fechamento de bingos clandestinos pela Força Nacional de Segurança. A apreensão de máquinas caça-níqueis no entorno de Brasília abalava a contabilidade do grupo. Uma única casa de jogos clandestina faturava cerca de R$ 1 milhão por mês.

Estadão Online


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