Urbi et orbi! Da cidade para o mundo! De Recife para o universo, por meio do ciberespaço!...
É com muito orgulho e alegria no coração que esta limpíssima e cheirosíssima blogueira paulistana comunica aos internautas e cidadãos deste "mundo, mundo, vasto mundo" que está também, a partir de agora, escrevendo e publicando no grande e importante blog Terra Brasilis, criado e editado pelo magistral Diógenes Afonso.
Pernambuco e Recife são as novas "locomotivas" do Brasil. O Nordeste pós-Lula é inteiramente outro, cada vez mais conhecido no mundo, não mais por suas carências, mas pela grandeza de seu povo, pela exuberância de sua cultura e natureza, pela expansão de sua economia.
Flor de lótus
Esta blogueira, filha de paulista com nordestino, aceita o acolhimento do Terra Brasilis, agradece a oportunidade de escrever e publicar em suas páginas, e declara que procurará sempre colaborar com inteligência, integridade e combatividade, vindo para somar e multiplicar.
A querida Presidenta Dilma, em seu pronunciamento de posse no Congresso Nacional, afirmou: "Não venho para enaltecer a minha biografia. (...) Venho para abrir portas..."
Esta blogueira compartilha das palavras da Presidenta, e humildemente as parafraseia e amplia: Não vim para a blogosfera para "aparecer", lustrar ego, participar de "feudos", idolatrar falsos gurus, cultuar vaidades doentias travestidas de sapiência. Não vim para culto de vassalagem e sabujice, ou para engrossar o "coro dos contentes"... Não vim para ego trips, descaradas, disfarçadas ou inconfessáveis.
Vim para a blogosfera para colocar, sempre que possível, um "tijolinho" que seja, na construção da cidadania.
Ao publicar diariamente seus posts, o Abra a Boca, Cidadão! e esta blogueira estarão ao mesmo tempo combatendo a censura, a intolerância, a tacanhice e o pensamento único e pseudoprogressista, comemorando a diversidade humana e a pluralidade de olhares e opiniões, e celebrando a liberdade de pensamento e expressão.
Um abraço a todas as internautas e todos os internautas.
Sonia Amorim
Cidadania, Comunicação e Direitos Humanos * Judiciário e Justiça * Liberdade de Expressão * Mídia Digital Editoria/Sônia Amorim: ativista, blogueira, escritora, professora universitária, palestrante e "canalhóloga" Desafinando o Coro dos Contentes...
Tradutor
domingo, 16 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Dilma "foge" das câmeras e prefere bastidores
Do R7, site da Rede Record, mais um ponto de vista sobre o "estilo Dilma".
15/01/2011
Dilma passa em 1º desafio de presidente e mostra
que vai fugir das câmeras para atuar nos bastidores
Para especialista, falta de carisma não vai interferir na condução do governo
Wanderley Preite Sobrinho, do R7
Nem bem completou duas semanas no cargo e a nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff, já deu sinais suficientes de que, diferentemente do antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, ela vai fugir dos holofotes durante seu mandato para atuar nos bastidores do poder. Foi assim em sua atuação contra as enchentes no Rio de Janeiro e vem sendo assim na administração das crises internas envolvendo aliados do governo.
Para o cientista político e professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), José Paulo Martins Júnior, Dilma fez tudo o que um chefe de Estado deveria fazer ao se deparar com seu primeiro grande desafio à frente do país: diante da maior tragédia climática dos últimos 50 anos no Rio de Janeiro, ela telefonou para o governador fluminense, Sérgio Cabral, desembolsou recursos para socorrer os desabrigados e mandou ministros correr para o Estado antes que ela mesma atolasse suas botas na lama que escorreu pelos morros levando casas, carros e a vida de mais de 500 pessoas.
Depois de vistoriar a região serrana do Rio, ela falou com a imprensa. Sem a mesma desenvoltura de Lula - sempre à vontade em frente a câmeras de TV -, ela foi objetiva ao enfileirar os números da tragédia e as medidas emergenciais tomadas pelo governo.

Dilma em reunião sobre tragédia no Rio Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
- Ela se posicionou no momento certo, mostrando solidariedade. De maneira discreta sim, mas o mais importante nesse momento é que os governantes tomem medidas efetivas.
Ele diz que a “politização acaba sendo inevitável” nesses casos “porque todos vivem sob o poder público”.
- E há uma série de desmandos de sucessivos governos no Rio.
Crise interna
Dilma também vem fugindo dos flashs durante a condução de outra crise, essa no coração do governo: a redistribuição de cargos de segundo escalão para os partidos aliados. Os problemas são maiores com o PMDB, que já ameaça votar contra os projetos apresentados por Dilma se eles não forem bem tratados.
Sem falar com a imprensa, ela chamou os descontentes em seu gabinete e enquadrou o vice, o ex-presidente do PMDB, Michel Temer, que já tenta conter os colegas de partido. Aos ministros que escorregaram em declarações, ela já passou pito e deixou claro: presidente manda, ministro obedece.
O professor diz acreditar que essa postura menos carismática pode “custar pontos de popularidade, mas para o governo vai ser melhor”.
- Ela tem uma postura mais discreta que a de Lula, que, bem ou mal, é uma pessoa tarimbada em falar e se expor ao público. Ela está só começando. O desafio agora é saber se ela consegue sustentar no Congresso a coalizão que venceu a campanha eleitoral.
Depois de vistoriar a região serrana do Rio, ela falou com a imprensa. Sem a mesma desenvoltura de Lula - sempre à vontade em frente a câmeras de TV -, ela foi objetiva ao enfileirar os números da tragédia e as medidas emergenciais tomadas pelo governo.

Dilma em reunião sobre tragédia no Rio Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
O cientista político gostou do que viu.
Ele diz que a “politização acaba sendo inevitável” nesses casos “porque todos vivem sob o poder público”.
- E há uma série de desmandos de sucessivos governos no Rio.
Crise interna
Dilma também vem fugindo dos flashs durante a condução de outra crise, essa no coração do governo: a redistribuição de cargos de segundo escalão para os partidos aliados. Os problemas são maiores com o PMDB, que já ameaça votar contra os projetos apresentados por Dilma se eles não forem bem tratados.
Sem falar com a imprensa, ela chamou os descontentes em seu gabinete e enquadrou o vice, o ex-presidente do PMDB, Michel Temer, que já tenta conter os colegas de partido. Aos ministros que escorregaram em declarações, ela já passou pito e deixou claro: presidente manda, ministro obedece.
- Ela é uma mulher de formação acadêmica. É experiente e tem uma carreira técnica. Isso faz diferença na hora de gerenciar um negócio. Ela tem uma visão de gestão.
O professor diz acreditar que essa postura menos carismática pode “custar pontos de popularidade, mas para o governo vai ser melhor”.
- Ela tem uma postura mais discreta que a de Lula, que, bem ou mal, é uma pessoa tarimbada em falar e se expor ao público. Ela está só começando. O desafio agora é saber se ela consegue sustentar no Congresso a coalizão que venceu a campanha eleitoral.
Dilma no comando: amigos, amigos, negócios à parte...
Um novo estilo de governar chega à Presidência da República: o estilo gerencial, frio, racional e sobretudo republicano da Presidenta Dilma.
Como já escrevemos aqui, sai o estilo sentimental, chorão, bonachão, do Presidente Lula, que tinha uma dificuldade enorme de repreender seus auxiliares, e entra o estilo "amigos, amigos, negócios à parte", da Presidenta Dilma, que introduz uma gestão profissional na administração federal.
Em sua primeira reunião com todo o ministério, ontem, Dilma brincou, sorriu... mas mostrou também as diretrizes que pretende implementar no comando do País. A Presidenta quer uma gestão com transparência, ética e rigorosa obediência aos princípios republicanos.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Não basta "parecer" honesto. É preciso ser honesto.
Esta divisa deve balizar a atuação de ministros e demais membros do governo nos vários escalões. Afinal, as lentes, microfones e holofotes da velha mídia, os olhos atentos das oposições derrotadas, das elites retrógradas, dos setores mais atrasados e conservadores da sociedade estão focalizados no governo da Primeira Presidenta da República do Brasil, torcendo, cruzando os dedos, "fazendo figa", jogando "cascas de banana"... para que tudo dê errado, para que a Presidenta e o País se arrebentem... Alguém duvida???!!!...
Todo cuidado é pouco. Gato escaldado... Cautela e caldo de galinha...
Sabendo disso, a Presidenta distribuiu ontem aos 37 ministros um kit elaborado pela Controladoria Geral da União contendo orientações quanto ao uso dos cartões corporativos pelos ministérios e um Código de Ética da Presidência, com "normas de conduta" para que os ministros atuem segundo valores éticos e princípios republicanos, e obviamente não "escorreguem", não comprometam o governo, não dando munição para a mídia e demais setores oposicionistas...
Dilma deixou claro que não quer perder tempo, recomendando que os ministros mantenham discrição quando houver divergências sobre qualquer tema. Nestes casos, fará até três reuniões para chegar a um consenso. Não sendo possível, ela arbitrará, pois ética e eficiência na administração pública são "faces da mesma moeda" e devem andar juntas, afirmou a Presidenta.
Como já escrevemos aqui, sai o estilo sentimental, chorão, bonachão, do Presidente Lula, que tinha uma dificuldade enorme de repreender seus auxiliares, e entra o estilo "amigos, amigos, negócios à parte", da Presidenta Dilma, que introduz uma gestão profissional na administração federal.
Em sua primeira reunião com todo o ministério, ontem, Dilma brincou, sorriu... mas mostrou também as diretrizes que pretende implementar no comando do País. A Presidenta quer uma gestão com transparência, ética e rigorosa obediência aos princípios republicanos.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Não basta "parecer" honesto. É preciso ser honesto.
Esta divisa deve balizar a atuação de ministros e demais membros do governo nos vários escalões. Afinal, as lentes, microfones e holofotes da velha mídia, os olhos atentos das oposições derrotadas, das elites retrógradas, dos setores mais atrasados e conservadores da sociedade estão focalizados no governo da Primeira Presidenta da República do Brasil, torcendo, cruzando os dedos, "fazendo figa", jogando "cascas de banana"... para que tudo dê errado, para que a Presidenta e o País se arrebentem... Alguém duvida???!!!...
Todo cuidado é pouco. Gato escaldado... Cautela e caldo de galinha...
Sabendo disso, a Presidenta distribuiu ontem aos 37 ministros um kit elaborado pela Controladoria Geral da União contendo orientações quanto ao uso dos cartões corporativos pelos ministérios e um Código de Ética da Presidência, com "normas de conduta" para que os ministros atuem segundo valores éticos e princípios republicanos, e obviamente não "escorreguem", não comprometam o governo, não dando munição para a mídia e demais setores oposicionistas...
Dilma deixou claro que não quer perder tempo, recomendando que os ministros mantenham discrição quando houver divergências sobre qualquer tema. Nestes casos, fará até três reuniões para chegar a um consenso. Não sendo possível, ela arbitrará, pois ética e eficiência na administração pública são "faces da mesma moeda" e devem andar juntas, afirmou a Presidenta.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
As "trevas" voltam a atacar?
Não vai muito longe a campanha eleitoral trevosa, obscurantista, suja, caluniosa e difamadora da ultradireita e seu candidato à Presidência da República contra Dilma Rousseff.
Acompanhamos pela internet o dia a dia desta campanha, seus golpes baixos, seu oportunismo, aproveitando-se da boa fé de parcela considerável da sociedade, pregando diariamente o ódio e a intolerância com posições e opiniões divergentes.
O governo da Presidenta Dilma dá seus primeiros passos. Não completou ainda duas semanas. E nos deparamos com a notícia abaixo, contendo acusações gravíssimas à Presidenta, ao PT, a membros do governo. Acusações de um grupo católico radical, antiaborto.
O Abra a Boca, Cidadão!, que cultiva a diversidade de opiniões e defende a livre expressão do pensamento, manifesta aqui seu estranhamento. E indaga:
As forças mais sinistras e sombrias que apoiaram José Serra já estão se reagrupando contra um governo democraticamente eleito pelo povo brasileiro? A manifestação deste grupo católico poderia estar sinalizando uma eventual tentativa de desestabilização (golpe) do governo popular que mal começou? Ou seria apenas a veiculação de opiniões de uma parcela da sociedade detentora de um pensamento conservador que deve ser respeitado? Luz “amarela”, indicando que a sociedade, a cidadania, todos nós, devemos ficar atentos e monitorar tais manifestações? Instrumentalização de pensamento retrógrado, obscurantista, visando inviabilizar, intimidar o governo Dilma?
O ABC! se pergunta, sem julgar, por enquanto: há algo por trás destas manifestações no mínimo intempestivas, açodadas, contra um governo que mal começou?
Aqui, antes de nos posicionar, vamos acompanhar o noticiário, monitorando, analisando as declarações, ouvindo (lendo) pontos de vista favoráveis e contrários, como deve ser feito entre cidadãos e sociedades verdadeiramente progressistas, modernas, avançadas.
Destacamos em vermelho os trechos que nos pareceram mais graves.
Líder de movimento contra aborto volta a atacar Dilma
Roldão Arruda/O Estado de S. Paulo/13.01.2011
O padre Luiz Carlos Lódi, presidente do movimento denominado Pró-Vida, divulgou nota pela internet atacando o governo da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o padre, ministros recém-empossados estariam defendendo a "descriminalização do aborto e o uso de drogas". O padre também acusa o novo governo de defender a ampliação dos direitos dos homossexuais, usando como escudo para suas propostas o "combate à homofobia" e as resoluções contidas na terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos - o chamado PNDH3, que provocou polêmicas no período pré-eleitoral de 2010.
O Pró-Vida, sediado em Anápolis, interior de Goiás, é um dos movimentos católicos mais radicais do País contra a descriminalização do aborto. Na campanha eleitoral passada, o padre Lódi fez campanha a favor do candidato José Serra (PSDB), utilizando argumentos do fundador do movimento e arcebispo emérito de Anápolis, d. Manoel Pestana Filho, segundo o qual a eleição do tucano representaria a escolha por um "incêndio limitado", enquanto Dilma seria a "catástrofe incontrolável".
D. Manoel morreu na semana passada. Seu sucessor, o padre Lódi, continua em campanha. Na nota que distribuiu pela internet, ele menciona trecho de uma entrevista da ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, na qual ela afirma não ver como obrigar alguém a ter um filho que não se sente em condições de ter. Para a ministra, ter filho ou não seria uma decisão individual, que deve ser respeitada.
A nota também menciona entrevistas concedidas pelos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Maria do Rosário, de Direitos Humanos. O primeiro é citado por defender uma discussão pública, de toda a sociedade, sobre a descriminalização do uso de drogas. Já Maria do Rosário é lembrada por ter anunciado em seu discurso de posse que pretende adotar medidas de combate à homofobia.
Na opinião do padre, essas declarações fariam parte de uma escalada contra a vida, que estaria em curso no País: "O governo brasileiro se destaca, desde a ascensão do PT em 2003, por uma campanha ininterrupta e onipresente em favor da corrupção das crianças, da destruição da família e da dessacralização da vida. Para nossa vergonha, é difícil imaginar, em todo o planeta, um governo que mais tenha investido na construção da cultura da morte."
O texto tem várias imprecisões. Atribui ao governo Dilma uma resolução do Conselho Federal de Medicina, publicada no Diário Oficial da União no dia 6, que estendeu a duplas homossexuais o direito à reprodução assistida. Os conselhos federais profissionais são, de acordo com a Constituição, entidades autônomas. Ele também atribui a Dilma medidas adotadas por seu antecessor.
Embora o foco do movimento Pró-Vida seja a luta contra a descriminalização do aborto, a maior parte dos itens abordados no documento distribuído agora refere-se à questão dos homossexuais. "O Ministério da Educação e Cultura pretende forçar as escolas a corromper os adolescentes, apresentando a conduta homossexual como aceitável e a conduta homofóbica como abominável", afirma o padre.
Portal O Estado
Segundo o padre, ministros recém-empossados estariam defendendo a "descriminalização do aborto e o uso de drogas". O padre também acusa o novo governo de defender a ampliação dos direitos dos homossexuais, usando como escudo para suas propostas o "combate à homofobia" e as resoluções contidas na terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos - o chamado PNDH3, que provocou polêmicas no período pré-eleitoral de 2010.
O Pró-Vida, sediado em Anápolis, interior de Goiás, é um dos movimentos católicos mais radicais do País contra a descriminalização do aborto. Na campanha eleitoral passada, o padre Lódi fez campanha a favor do candidato José Serra (PSDB), utilizando argumentos do fundador do movimento e arcebispo emérito de Anápolis, d. Manoel Pestana Filho, segundo o qual a eleição do tucano representaria a escolha por um "incêndio limitado", enquanto Dilma seria a "catástrofe incontrolável".
D. Manoel morreu na semana passada. Seu sucessor, o padre Lódi, continua em campanha. Na nota que distribuiu pela internet, ele menciona trecho de uma entrevista da ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, na qual ela afirma não ver como obrigar alguém a ter um filho que não se sente em condições de ter. Para a ministra, ter filho ou não seria uma decisão individual, que deve ser respeitada.
A nota também menciona entrevistas concedidas pelos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Maria do Rosário, de Direitos Humanos. O primeiro é citado por defender uma discussão pública, de toda a sociedade, sobre a descriminalização do uso de drogas. Já Maria do Rosário é lembrada por ter anunciado em seu discurso de posse que pretende adotar medidas de combate à homofobia.
Na opinião do padre, essas declarações fariam parte de uma escalada contra a vida, que estaria em curso no País: "O governo brasileiro se destaca, desde a ascensão do PT em 2003, por uma campanha ininterrupta e onipresente em favor da corrupção das crianças, da destruição da família e da dessacralização da vida. Para nossa vergonha, é difícil imaginar, em todo o planeta, um governo que mais tenha investido na construção da cultura da morte."
O texto tem várias imprecisões. Atribui ao governo Dilma uma resolução do Conselho Federal de Medicina, publicada no Diário Oficial da União no dia 6, que estendeu a duplas homossexuais o direito à reprodução assistida. Os conselhos federais profissionais são, de acordo com a Constituição, entidades autônomas. Ele também atribui a Dilma medidas adotadas por seu antecessor.
Embora o foco do movimento Pró-Vida seja a luta contra a descriminalização do aborto, a maior parte dos itens abordados no documento distribuído agora refere-se à questão dos homossexuais. "O Ministério da Educação e Cultura pretende forçar as escolas a corromper os adolescentes, apresentando a conduta homossexual como aceitável e a conduta homofóbica como abominável", afirma o padre.
Portal O Estado
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Dilma vê a tragédia no Rio
"Conto com todos vocês. E todos vocês podem contar comigo", disse a Presidenta Dilma ao povo em várias ocasiões, antes de assumir o governo.
Hoje, acompanhada de alguns ministros e do governador do Rio de Janeiro, a Presidenta sobrevoou áreas atingidas pelas chuvas, e desceu para ver de perto os estragos em Nova Friburgo, o município com maior número de mortos.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Ontem foram liberados R$ 780 milhões para estados e municípios atingidos pela calamidade por meio de Medida Provisória assinada pela Presidenta.
Na sua primeira aparição pública fora de Brasília após a posse, Dilma seguiu o "estilo Lula", que ao longo dos oito anos de governo sempre esteve pessoalmente em áreas atingidas por catástrofes.
A Presidenta, que se encontra no Palácio Guanabara, deve falar com a imprensa ainda hoje, antes de voltar a Brasília.
Hoje, acompanhada de alguns ministros e do governador do Rio de Janeiro, a Presidenta sobrevoou áreas atingidas pelas chuvas, e desceu para ver de perto os estragos em Nova Friburgo, o município com maior número de mortos.
Ontem foram liberados R$ 780 milhões para estados e municípios atingidos pela calamidade por meio de Medida Provisória assinada pela Presidenta.
Na sua primeira aparição pública fora de Brasília após a posse, Dilma seguiu o "estilo Lula", que ao longo dos oito anos de governo sempre esteve pessoalmente em áreas atingidas por catástrofes.
A Presidenta, que se encontra no Palácio Guanabara, deve falar com a imprensa ainda hoje, antes de voltar a Brasília.
Assange, Battisti, Dilma...
Quantos foram e ainda são hoje, no mundo, humilhados, ofendidos, perseguidos, encarcerados, "desaparecidos"? Quantos, famosos ou desconhecidos, em países islâmicos ou no primeiro mundo, em longínquos vilarejos mas também em grandes cidades e até em megalópoles, quantos são ainda hoje vítimas do preconceito, da arrogância, da prepotência, do abuso de poder? Quantos são ainda hoje ameaçados, ilegalmente constrangidos, de variadas maneiras intimidados? Quantas vezes o Estado, que tem por obrigação constitucional proteger cidadãos em situação de vulnerabilidade, é o primeiro a se aliar aos opressores?
Assange, Battisti, Dilma... subversivos, guerrilheiros, terroristas... ou idealistas, ativistas, defensores de direitos fundamentais da pessoa humana. Depende do olhar e dos valores de quem analisa, de quem julga, de quem profere vereditos...
Assunto mais que atual. E para a reflexão de todos nós a respeito, publico um texto clássico, escrito por um filósofo latino, Sêneca, contemporâneo do maior dos revolucionários.
Maus não são os que parecem ser, os que apenas parecem ser. E o que tu chamas de asperezas, adversidades, abominações, são coisas até proveitosas às pessoas que as têm de suportar, e mesmo a todos os homens, pelos quais velam os deuses, os sofrimentos, injustamente impostos, acabam tornando-se merecimento para os que os recebem e castigo para os que se livram deles a qualquer preço.
Em geral, as perseguições atingem os bons, exatamente porque são bons. Não chores sobre o sofrimento dos bons, para que não se tenha a idéia de que eles são desventurados. Não te espantes, se te digo que ser esmagado pela perseguição não é, geralmente, uma desgraça para o homem, mas antes uma felicidade e uma honra.
"Mas será proveitoso - perguntas - ser lançado ao exílio, reduzido à indigência, ter de enterrar a esposa e os filhos, ser vilipendiado pela ignomínia e mutilado pela tortura?"
Se te parece estranho que isso seja proveitoso, também te há de parecer estranho que alguns sejam curados com ferro e fogo, como pela fome ou pela sede. Mas se considerares que a alguns, por remédio heróico, lhes quebram e arrancam os ossos, lhes extraem veias e amputam determinados membros, que não poderiam ficar unidos ao resto do corpo sem prejudicá-lo, também hás de reconhecer, forçosamente, que certos males beneficiam aos que os suportam.
Da mesma forma certas vantagens, certos prazeres, certas recompensas e honrarias aviltam e desfiguram aos que delas se beneficiam. Entre muitas e magníficas sentenças de nosso Demétrio, há uma de que sempre me lembro, e que diz que nada parece mais infeliz do que o homem que nunca sofreu contrariedades, pois, assim, nunca foi provado. Os deuses o desprezam, não lhe dando oportunidade de construir sua fortaleza de ânimo e vencer as injustiças.
É próprio dos pouco dignos não sofrer perseguições, pois estão sempre de acordo com os poderosos, como se dissessem: - "Para que vou me opor a um adversário temível?" Sobre estes, o opressor nem precisará descer sua mão pesada. Acovardam-se com um simples olhar. O próprio opressor os despreza, e respeita mais aqueles que o enfrentam com valor, mesmo quando são esmagados. O próprio opressor gosta de medir suas forças com quem também tem força, e tem vergonha de lutar contra um homem resignado à derrota e à submissão. O gladiador considera uma ignomínia combater com um inferior e sabe que o vencido sem perigo é um vencido sem glória.
Assim também procede a fortuna: busca os mais fortes, os que não têm medo, os mais tenazes. Prova a Múcio com o fogo, o Fabrício com a pobreza, a Rutilo com o desterro, a Régulo com a tortura, a Sócrates com o veneno, a Catão com a morte.
Só na adversidade se encontram as grandes lições de heroísmo. Será que Múcio foi um infeliz ao segurar na mão direita a tocha acesa e ao infligir-se a si mesmo o castigo de seu erro, pondo em fuga com a mão queimada o rei que não pudera afugentar com a mão armada? Teria alcançado glória maior se estivesse acalentando a mão no seio de uma amiga? E Fabrício, ao lavrar seu pequeno campo, nas horas de folga do exercício do governo, no qual fazia a guerra tanto a Pirro como às riquezas, e porque, à luz da lamparina de sua casa modesta, não come outra coisa senão as raízes e as ervas que plantou e colheu com suas próprias mãos?
E Rutilo, será um infeliz por ter sofrido uma condenação da qual os juízes que o condenaram se envergonharão através dos tempos, e por ela responderão ao longo dos séculos? O que o honra, exatamente, é a grandeza com que se portou diante dos juízes perversos, e preferiu perder o direito de viver na própria pátria, negando-se sempre a negociar sua consciência com Sila, o ditador, a quem respondeu viajando ainda mais longe de Roma, quando o tirano o convidava a voltar. Sua resposta altiva ao ditador era que ficasse ele com os que se compraziam na submissão e contemplavam sem revolta o sangue derramado na rua e as cabeças dos senadores do povo no lado serviliano e as hordas de assassinos rondando soltos a cidade, e os milhares de cidadãos romanos degolados num mesmo lugar, depois de haverem jurado fidelidade, e até exatamente por isto. Fiquem com tudo isso - dizia o exilado - os que preferem a desonra ao desterro.
E a Régulo, a quem torturaram, arrancaram a pele, encheram-lhe o corpo de feridas, obrigaram-no a não dormir - quem era superior: ele, ou os torturadores? Seu tormento foi grande, mas sua glória foi maior. Porque sofria pela causa do povo romano.
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