A ministra Eliana Calmon, que angariou inimigos poderosos em seu histórico mandato como Corregedora Nacional de Justiça, quando denunciou e combateu a infiltração de "Bandidos de Toga" no Judiciário, é objeto de representação de desembargador do TJ-SP ao Conselho Nacional de Justiça por supostas declarações da ministra do STJ à imprensa sobre futura candidatura ao Senado da República ou ao governo da Bahia.
Todos que acompanharam a brava luta da aguerrida Eliana Calmon para a moralização de setores do Judiciário se lembram do embate duríssimo da então Corregedora com o Tribunal de Justiça de São Paulo, um dos mais conservadores e resistentes a mudanças.
DESEMBARGADOR PEDE AFASTAMENTO DE ELIANA CALMON
Representação enviada ao Conselho Nacional de Justiça solicita a abertura de procedimento administrativo contra a ministra do Superior Tribunal de Justiça por declarações à imprensa sobre sua possível candidatura nas próximas eleições; requerimento inclui ainda pedido liminar para que ela seja impedida de manifestar-se candidata ou participar de atividades político-partidárias enquanto exercer a magistratura, uma vez que as atividades são incompatíveis e inconciliáveis
Consultor Jurídico - Representação enviada nesta segunda-feira (7/10) ao Conselho Nacional de Justiça solicita a abertura de procedimento administrativo contra a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, por declarações à imprensa sobre sua possível candidatura nas próximas eleições. O requerimento inclui ainda pedido liminar para que a ministra seja impedida de manifestar-se candidata ou participar de atividades político-partidárias enquanto exercer a magistratura.
De autoria do desembargador William Roberto Campos, do Tribunal de Justiça de São Paulo, a representação pede que Eliana seja afastada do cargo caso seja comprovado que ela se colocou como candidata ao Senado, como sugerem reportagens publicadas em diferentes sites. O pedido tem como base o artigo 26 da Lei Orgânica da Magistratura — que impõe ao magistrado vitalício a perda do cargo em razão do exercício de atividade político-partidária — e o artigo 95, inciso III, da Constituição Federal, que veda ao magistrado o envolvimento em atividades políticas.
O requerimento levado ao CNJ acompanha trechos de entrevistas concedidas por Eliana Calmon. Segundo a denúncia, a ministra teria expressado "abertamente" a candidatura em declarações como “está difícil conseguir bons candidatos, pois todo mundo é ficha suja”, ou que estaria, conforme sugerem os textos, “ansiosa para que o registro do partido Rede Sustentabilidade fosse admitido, pois seria candidata ao Senado por ele”.
Procurada pela revista eletrônica Consultor Jurídico, a ministra respondeu, por meio da assessoria de imprensa, que em nenhum momento declarou-se candidata. Disse ainda que apenas comentou ter recebido convite de cinco partidos, mas, como não se filiou a nenhuma sigla, não poderia ser acusada por atividades político-partidárias.
Brasil 247
Então é assim?.
ResponderExcluirPois é... então... Vendetta... Vingança? A grande e combativa Mulher da Justiça "entalou" na garganta de muitos togados...
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