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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Fernando Haddad: "São Paulo repudia a violência"


ATIVISMO SIM, VIOLÊNCIA NÃO



20 centavos de aumento: duas moedinhas de 10. Reajuste muito abaixo da inflação. Que poderia ter vindo em janeiro, mas foi adiado até agora.

Mais de 200 pessoas detidas. Disparos, gritaria, confrontos, quebra-quebra. Gente sangrando. Violência de todos os lados. Ontem à noite, a maior cidade do País virou uma "praça de guerra". E na próxima terça tem mais...

Quem são os promotores das manifestações contra o aumento das passagens e por que não aceitaram o diálogo?

Por que a Polícia Militar extrapolou ontem?

A quem interessa tudo isso?

(Globo News transmitindo ao vivo, tentando levar os conflitos à esfera federal, à presidenta Dilma... Jornalismo de esgoto alvoroçado... 2014 vem aí!...)

Anistia Internacional, apreensiva, divulga nota de alerta.

Em meio ao clima de beligerância instalado nas ruas e avenidas de São Paulo, e acompanhando de seu gabinete as movimentações dos manifestantes e da polícia, o Prefeito Fernando Haddad declarou que não recua do aumento na tarifa e continua aberto ao diálogo, como sempre esteve. Desde que parem com a violência.


Prefeito repudia violência e reitera que tarifa de R$ 3,20 será mantida

Haddad afirmou que nova tarifa será mantida e que todos os esforços foram feitos para que o reajuste ficasse bem abaixo da inflação

O prefeito Fernando Haddad reiterou nesta quinta-feira (13), em coletiva de imprensa na sede da Prefeitura, que o reajuste da tarifa de ônibus de São Paulo não será revisto, e repudiou a violência durante os protestos na cidade. “Vou repetir para deixar bastante claro. Não pretendo, porque o esforço que foi feito ao longo do ano para que o reajuste da tarifa fosse muito abaixo da inflação foi enorme. E ele (aumento) vai significar investir mais de R$ 600 milhões em subsídios”, disse o prefeito.

O prefeito afirmou que considera legítima toda e qualquer manifestação e expressão democrática. “O que a cidade repudia é a violência. São Paulo está acostumada às manifestações. O que a cidade não aceita é a forma violenta de se manifestar e se expressar. Com isso não compactuamos”, disse Haddad. “A renúncia à violência é o pressuposto de diálogo”.

Haddad disse que os compromissos firmados durante a campanha para o transporte público da capital estão sendo cumpridos nos primeiros meses de gestão. “O reajuste abaixo da inflação, o Bilhete Único Mensal (em fase de cadastramento) e corredores e faixas exclusivas de ônibus (46 km já foram implantados). É isso que está previsto no meu programa de governo e é isso que vai ser feito”.

O prefeito lembrou que, no início das manifestações, “deixou as portas abertas para o diálogo e foi recusado por parte dos manifestantes. Antes de qualquer violência ter acontecido na cidade. E depois, todos conhecem a história”.

Sobre a violência, Fernando Haddad disse que a prefeitura mantém diálogo permanente com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e com o governador Geraldo Alckmin. “A Guarda Civil Metropolitana, a Polícia Militar e Polícia Civil estão desde o primeiro momento em contato permanente. Inclusive eu mesmo e o governador”.

O prefeito comentou ainda o fato de o próprio movimento afirmar que estaria sem liderança. “É o que eles próprios dizem. Que não se coordenam, que não há lideranças, não há responsáveis, ninguém se apresenta como responsável pelo que está acontecendo”.

Segundo Haddad, a Prefeitura de São Paulo está buscando novas formas de financiamento do transporte público. “A Prefeitura está aberta a qualquer tipo de debate, qualquer assunto desses, educação, saúde, transporte público... Sempre vai interessar aos administradores públicos e sobretudo aos prefeitos. O que todo prefeito quer é beneficiar, favorecer o transporte público. Mas nem sempre há meios disponíveis para isso. Então é buscar novas formas de financiamento, de investimentos. Isso é um debate que interessa a qualquer dirigente municipal”.

Reajuste

A tarifa de ônibus em São Paulo foi reajustada no último dia 2 de junho, passando de R$ 3 para R$ 3,20. O aumento de 6,67% ficou abaixo da inflação acumulada desde janeiro de 2011, quando passou a vigorar a tarifa anterior de R$ 3. De acordo com a inflação calculada pelo IPC/Fipe para o período (14,4%), o reajuste poderia chegar a mais de R$ 3,40. A Prefeitura subsidiará o sistema de ônibus em R$ 1,25 bilhão durante o ano de 2013.

Para reajustar a tarifa apenas no mês de junho e abaixo da inflação, a Prefeitura, ao lado do Governo do Estado, fez um esforço orçamentário e conseguiu junto ao Governo Federal uma desoneração de tributos (Medida Provisória que zerou a alíquota do PIS/COFINS).

A mudança da tarifa não altera o sistema de integração gratuita por três horas para o bilhete comum e de duas horas para os demais bilhetes. A integração dos ônibus com o metrô e os trens da CPTM passou a custar R$ 5. Para os estudantes, a cota de junho foi calculada com base no valor de R$ 1,60, metade da nova passagem.

Portal PMSP


Anistia Internacional defende solução pacífica para impasse entre manifestantes e autoridades


                                                                                                                Luiz Baltar

A Anistia Internacional vê com preocupação o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha.

O transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão, entre outros.

É fundamental que o direito à manifestação e à realização de protestos pacíficos seja assegurado. A Anistia Internacional é contra a depredação do patrimônio público e atos violentos de ambos os lados e considera urgente o estabelecimento de um canal de diálogo entre governo e manifestantes para que se encontre uma solução pacífica para o impasse.

Anistia Internacional Brasil


Destaques do ABC!

2 comentários:

  1. 20 centavos que no mes faz muito diferenca,,,, se o transporte tivese qualidade,,,

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  2. 20 centavos que seriam 50, 70... fosse o prefeito de outro partido, como cansamos de ver em gestões anteriores, elitistas.

    20 centavos que poderiam estar sendo cobrados desde janeiro, mas que só incidiram no preço da passagem agora em junho.

    A redução do preço em municípios vizinhos só aconteceu porque eles já estavam cobrando o preço reajustado em janeiro e agora, por atuação de Haddad, houve isenção de tributos pela presidenta Dilma.

    A grande mídia brasileira desinforma o cidadão e omite dados importantes para a compreensão do problema.

    Fique atento, cidadão!

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