As más línguas dizem que esta Blogueira e o blog Abra a Boca, Cidadão! "atiram lama" no Judiciário. Isto foi dito, pasmem, em segunda instância, em Agravo de Instrumento.
Risos. Risos e mais risos.
Criticar a Banda Podre do Judiciário não é e nem nunca foi "atirar lama" no poder. Assim também falavam as associações de magistrados que tentaram calar a Grande Mulher da Justiça, ministra-corregedora Eliana Calmon, quando ela denunciou a existência dos "Bandidos de Toga".
Até os postes da rua sabem que há juízes (e juízas), desembargadores (e desembargadoras) e ministros (e ministras) que não honram as togas que vestem, preferindo usar seus diplomas e prerrogativas para cometer e/ou acobertar crimes.
Infelizmente, este descalabro não se limita à magistratura, mas se estende à advocacia e a membros do Ministério Público.
E a iniquidade das iniquidades: quando estas bandas podres se aliam para desfechar ataques, achacar o cidadão (e cidadã) que busca Justiça.
Fazer o quê?
O Mal existe. E tem gente que simplesmente não presta.
Abaixo, matéria sobre as relações promíscuas, nada republicanas, entre magistratura, advocacia e a organização criminosa de Carlos Cachoeira.
Justiça de Goiás afasta juiz que ajudava
grupo de Cachoeira
247 – O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás afastou o juiz Júlio César Cardoso de Brito por suspeita de envolvimento com o grupo de Cachoeira. De acordo com escutas feitas pela Polícia Federal e com outros documentos, o magistrado orientava advogados da quadrilha do bicheiro sobre como agir diante de ações no tribunal, além de fazer tráfico de influência. Leia sobre o caso no Blog do Fred, da Folha de S. Paulo, ou reportagem de Frederico Vasconcelos abaixo, na íntegra:
TRT afasta juiz ligado a grupo de Cachoeira
FREDERICO VASCONCELOS
Tribunal de Goiás abre processo para apurar atos de Júlio César Cardoso de Brito
Reportagem de autoria do editor deste Blog, publicada neste sábado (14/7) na Folha, revela que o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, com sede em Goiás, afastou de suas funções o desembargador Júlio César Cardoso de Brito, acusado de envolvimento com o empresário Carlinhos Cachoeira.
Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e documentos encaminhados ao TRT pela 11ª Vara Federal Criminal de Goiás sugerem que Brito fazia tráfico de influência e orientava advogados do grupo de Cachoeira a lidar com ações no tribunal.
Por unanimidade, os desembargadores do tribunal decidiram nesta quinta-feira abrir processo disciplinar para investigar denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Sindicato dos Servidores Federais em Goiás.
....
Na véspera, Brito pedira licença de suas funções de vice-presidente e corregedor. O TRT designou o desembargador Platon Teixeira de Azevedo Filho para assumir as funções de Brito enquanto durarem as investigações no tribunal.
O processo inclui 77 ligações interceptadas pela polícia, em que o desembargador conversa com um dos braços direitos de Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz, que Brito trata como "irmão".
Nas conversas, o desembargador discute situação de empresas com ações trabalhistas no TRT de Goiás, entre elas o laboratório Vitapan, de Cachoeira, a distribuidora de medicamentos JC, de um irmão do empresário, e a Ideal Segurança.
Há suspeitas de que uma viagem do desembargador a Buenos Aires foi patrocinada por Gleyb. Numa das conversas gravadas, um operador de Cachoeira discute com Brito a encomenda de um computador que o empresário traria para ele de Miami (EUA).
O juiz disse que não atuou no julgamento de ações de interesse das empresas, mas a corte entendeu que ele orientava advogados do grupo trocando mensagens com identificação de processos para acompanhamento no TRT.
O envolvimento de Brito com Cachoeira foi investigado inicialmente por uma comissão de sindicância, instaurada em maio, após reportagens publicadas pelos jornais "O Popular", de Goiás, e "Correio Braziliense", de Brasília, revelarem as ligações do desembargador com o grupo de Cachoeira.
O desembargador alegou em sua defesa nos autos que não houve qualquer influência sua no julgamento de processos.
Disse que mantinha convívio social com Gleyb Ferreira da Cruz e com o delegado da PF (afastado das funções) Deuselino Valadares dos Santos, não chegando a amizade íntima ou a algum vínculo negocial.
Sustentou que conhecia superficialmente Carlinhos Cachoeira, sem nenhum convívio diário.
Disse que na viagem com sua mulher a Buenos Aires, acompanhados de Gleyb Ferreira da Cruz e Marcos Antônio Ramos, cada um viajou por sua própria conta.
ESCUTAS DA PF E DOCUMENTOS SUGEREM QUE
JÚLIO CÉSAR CARDOSO DE BRITO FAZIA TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
E ORIENTAVA ADVOGADOS DA QUADRILHA A LIDAR COM AÇÕES NO TRIBUNAL
TRT afasta juiz ligado a grupo de Cachoeira
FREDERICO VASCONCELOS
Tribunal de Goiás abre processo para apurar atos de Júlio César Cardoso de Brito
Reportagem de autoria do editor deste Blog, publicada neste sábado (14/7) na Folha, revela que o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, com sede em Goiás, afastou de suas funções o desembargador Júlio César Cardoso de Brito, acusado de envolvimento com o empresário Carlinhos Cachoeira.
Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e documentos encaminhados ao TRT pela 11ª Vara Federal Criminal de Goiás sugerem que Brito fazia tráfico de influência e orientava advogados do grupo de Cachoeira a lidar com ações no tribunal.
Por unanimidade, os desembargadores do tribunal decidiram nesta quinta-feira abrir processo disciplinar para investigar denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Sindicato dos Servidores Federais em Goiás.
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Na véspera, Brito pedira licença de suas funções de vice-presidente e corregedor. O TRT designou o desembargador Platon Teixeira de Azevedo Filho para assumir as funções de Brito enquanto durarem as investigações no tribunal.
O processo inclui 77 ligações interceptadas pela polícia, em que o desembargador conversa com um dos braços direitos de Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz, que Brito trata como "irmão".
Nas conversas, o desembargador discute situação de empresas com ações trabalhistas no TRT de Goiás, entre elas o laboratório Vitapan, de Cachoeira, a distribuidora de medicamentos JC, de um irmão do empresário, e a Ideal Segurança.
Há suspeitas de que uma viagem do desembargador a Buenos Aires foi patrocinada por Gleyb. Numa das conversas gravadas, um operador de Cachoeira discute com Brito a encomenda de um computador que o empresário traria para ele de Miami (EUA).
O juiz disse que não atuou no julgamento de ações de interesse das empresas, mas a corte entendeu que ele orientava advogados do grupo trocando mensagens com identificação de processos para acompanhamento no TRT.
O envolvimento de Brito com Cachoeira foi investigado inicialmente por uma comissão de sindicância, instaurada em maio, após reportagens publicadas pelos jornais "O Popular", de Goiás, e "Correio Braziliense", de Brasília, revelarem as ligações do desembargador com o grupo de Cachoeira.
O desembargador alegou em sua defesa nos autos que não houve qualquer influência sua no julgamento de processos.
Disse que mantinha convívio social com Gleyb Ferreira da Cruz e com o delegado da PF (afastado das funções) Deuselino Valadares dos Santos, não chegando a amizade íntima ou a algum vínculo negocial.
Sustentou que conhecia superficialmente Carlinhos Cachoeira, sem nenhum convívio diário.
Disse que na viagem com sua mulher a Buenos Aires, acompanhados de Gleyb Ferreira da Cruz e Marcos Antônio Ramos, cada um viajou por sua própria conta.
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