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sábado, 7 de abril de 2012

Se não há Justiça, haverá Esculacho...



Isso é apenas o começo...





Reproduzo do Blog do Sakamoto:

Manifestantes fazem protesto em frente à casa de legista acusado de encobrir tortura


Leonardo Sakamoto


Cerca de 100 pessoas realizaram uma manifestação na frente da casa do médico legista e ex-diretor do Instituto Médico Legal, Harry Shibata, na tarde deste sábado (7), na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo.

Ele é acusado de ser responsável por falsos atestados de óbito usados para acobertar assassinatos de opositores pela ditadura militar, ignorando marcas deixadas por sessões de tortura e produzindo laudos de acordo com as necessidades dos militares. Na manhã deste sábado, os bairros de Pinheiros e da Vila Madalena já haviam amanhecido com centenas de cartazes acusando Shibata, colados por manifestantes durante a madrugada.

                                                                                     Fotos: Leonardo Sakamoto

Sob o lema “Se não há justiça, há esculacho popular”, uma coroa de flores foi colocada no portão de sua casa ao lado de fotos de mortos durante o regime cujos laudos necroscópicos teriam sido alterados por ele. Os manifestantes, que marcharam em passeata da esquina das ruas Fradique Coutinho e Inácio Pereira da Rocha até a casa de Shibata a cinco quadras de distância, encerrariam o ato com discursos em uma praça ao lado.


O grupo, que afirma não estar ligado a nenhum sindicato, partido político ou entidade, diz que é formado por pessoas preocupadas com o direito à verdade e à justiça em relação aos crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura militar. Eles exigem que Shibata seja “intimado para depor na Comissão da Verdade”, de acordo com um panfleto distribuído no ato.

A Comissão foi criada para esclarecer quem foram os responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura, mas sem poder de punição. O Palácio do Planalto tem sofrido críticas por conta da demora em sua instalação.


Os manifestantes lembraram também que o médico está sendo processado pelo Ministério Público Federal, junto com outras autoridades da época, pelo crime de ocultação de cadáver. “A tortura e os assassinatos praticados durante a ditadura militar permanecem como prática institucional do Estado. E a impunidade dos crimes praticados pelo Estado no passado funciona como uma “carta branca” para que as forças policiais e as Forças Armadas o façam hoje”, diz o panfleto.


Blog do Sakamoto


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2 comentários:

  1. É preciso não esquecer este crimes!
    NUNCA!

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  2. É verdade. Atrocidades. Barbaridades. Cabe a nós todos não permitir que tudo isso caia no esquecimento. Comissão da Verdade e Justiça!!!

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