Desde o final de setembro último, o Abra a Boca, Cidadão! vem publicando posts sobre a luta encarniçada da aguerrida ministra-corregedora ELIANA CALMON, enfrentando os "bandidos de toga", contra o despotismo judiciário, em defesa do POVO BRASILEIRO. Foram quase 70 posts. E estamos reproduzindo aqui os mais significativos.
Neste momento histórico, em que as máscaras começam a cair, e vemos claramente quem está comprometido com interesses espúrios e mesquinhos e quem defende o Estado Democrático de Direito e o Povo Brasileiro, esta cidadã que aqui escreve, com alguma vivência no enfrentamento de violência institucional, abuso de poder, máfias e ditaduras, aconselha que fiquemos todos atentos e mobilizados. Não vai ser fácil. Mas é possível e precisa ser feito.
Esta blogueira e este blog cidadão oferecem todo o seu apoio e solidariedade à Grande Mulher da Justiça, ministra Eliana Calmon, Orgulho da Magistratura Brasileira!
Chega de Violência e Arbitrariedades! Basta de Iniquidades! O Povo Brasileiro está farto de ser esbulhado e pisoteado!
Abaixo, post publicado em 27 de setembro deste ano.
Ministra acusa: Justiça sofre com "bandidos de toga"
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). "Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à Associação Paulista de Jornais. A matéria é um dos destaques da edição de hoje (27) da Folha de S. Paulo.
Wanderlei Salvador
Ministra Eliana Calmon / Foto: Arq. Jornal O Barriga Verde
O STF deve julgar amanhã (28) ação proposta pela AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) que quer restringir o poder de fiscalização do CNJ. A associação pede que o CNJ só atue depois de esgotados os trabalhos das corregedorias regionais. Na entrevista, Eliana Calmon criticou a resistência dos tribunais a serem fiscalizados pelo CNJ, citando o TJ de São Paulo:
"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ", disse a corregedora.
Nos últimos dias, magistrados acusados de irregularidades tentaram evitar seus respectivos julgamentos antes de o STF se pronunciar sobre o CNJ. Este, por sua vez, incluiu em sua pauta de discussão onze processos que podem punir magistrados por conduta irregular. Se somados, o CNJ terá mais de 20 casos de juízes investigados na pauta de julgamento neste mês.
Este ano, houve uma guerra velada que colocou em lados opostos Eliana Calmon e o presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso. O CNJ começou a funcionar em 2005 e já condenou 49 magistrados. Recentemente, porém, ministros do Supremo concederam liminares suspendendo decisões do CNJ que determinavam o afastamento de magistrados.
Zveiter
Ontem, o CNJ adiou o julgamento do presidente do TRE do Rio, Luiz Zveiter. Segundo Eliana Calmon, o adiamento aconteceu a pedido do advogado de Zveiter, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que está fora do país.
As supostas irregularidades ocorreram no ano passado, quando Zveiter era presidente do Tribunal de Justiça. O caso foi a plenário em fevereiro, quando três conselheiros foram favoráveis ao afastamento e à abertura de processo disciplinar. Saiu da pauta para análise de suspeição de dois conselheiros.
Segundo a corregedoria, há indícios de que informações prestadas por Zveiter beneficiaram a construtora RJZ Cyrela, cliente do escritório de parentes seus. Zveiter, o escritório e a Cyrela afirmam que o terreno em disputa não tem relação com empreendimentos da construtora.
Frase
"É o primeiro caminho para impunidade da magistratura, com problemas de infiltração de BANDIDOS ATRÁS DA TOGA". (Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça).
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