O jogador de futebol Sócrates, que faleceu em São Paulo nesta madrugada, aos 57 anos, não foi um analfabeto político. Pelo contrário. Muito politizado e interessado na redemocratização do Brasil após o período sombrio da ditadura militar, participou ativamente do Movimento das Diretas-Já.
O ABC! homenageia, aqui, mais do que o atleta, o cidadão, reproduzindo um texto do amigo blogueiro, jornalista e ex-guerrilheiro Celso Lungaretti.
Sócrates era maior do que o futebol
Por Celso Lungaretti
Muhammad Ali esteve no Brasil quando assumia conscientemente o papel de símbolo da luta dos negros contra o racismo e Pelé era um gênio do futebol e um zero à esquerda em preocupações sociais.
Um repórter perguntou ao grande Ali o que achava de Pelé. Com seu brilhantismo habitual, ele respondeu algo assim (não encontrei a frase exata): "Se alguém é um esportista extraordinário, isto já basta. Mas, se além disto, ele também levanta as bandeiras de sua gente e trava o bom combate, aí sim ele é completo".
Sócrates era completo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário