Cartões-postais e prédios de todo o mundo "apagam" na Hora do Planeta
Brasil teve participação recorde, com 123 cidades desligando as luzes por uma hora, entre 20h30 e 21h30
SÃO PAULO - O primeiro minuto da Hora do Planeta 2011 foi de silêncio, dedicado às vítimas das recentes tragédias de fenômenos naturais no mundo, como o terremoto e tsunami no Japão e as enchentes na Região Serrana do Rio. O movimento é um ato simbólico de luta contra as mudanças climáticas e previa o desligamento das luzes entre 20h30 e 21h30.
Levantamento da organização indicava a participação recorde de 123 cidades no País - no ano passado, foram 98 municípios. As prefeituras contribuíram apagando as luzes de monumentos famosos. Em São Paulo, foram apagadas as luzes da Ponte Octavio Frias de Oliveira, do Obelisco do Ibirapuera, do Monumento às Bandeiras, do Teatro Municipal, do Mercado Municipal, do Estádio do Pacaembu e da Biblioteca Municipal Mário de Andrade.
No Rio, cidade âncora da Hora do Planeta, houve uma festa aberta ao público nos Arcos da Lapa para comemorar o evento, com a participação das baterias de Mangueira e Portela. Ficaram no escuro o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. Em Ouro Preto (MG), foram apagadas as luzes da Igreja de São Francisco de Assis, do Museu da Inconfidência e da Estátua de Tiradentes.
"A participação de pessoas, organizações e governos na Hora do Planeta é um gesto em direção à busca da sustentabilidade. Significa que estamos preocupados e atentos ao aquecimento global", afirmou Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.
A ideia agora é ir além desse gesto. Na China, o governo de Chengdu apagou as luzes e anunciou que oferecerá ao público até 60 mil bicicletas baratas para aluguel em mais de mil pontos da cidade. E em Shenyang houve a promessa de uma grande ação de reflorestamento.
Iniciativa privada. Também foi registrada a adesão de pelo menos 1.948 empresas e organizações no site do movimento. O Estado apagou as luzes externas de seu prédio e organizou um ato simbólico na entrada da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em parceria com a faculdade. Antes de as luzes se apagarem, às 20h30, foi feita uma projeção em 3D na fachada do prédio da Faap, tudo movido por um gerador alimentado por biocombustível. Além disso, a Eldorado é a rádio oficial do evento em São Paulo.
Alguns bancos também aderiram. O Banco do Brasil, por exemplo, apagou as luzes dos principais prédios em Brasília, Rio, São Paulo e Curitiba. Já o Itaú desligou a iluminação de diversos centros administrativos em São Paulo, Rio, Recife, Curitiba e Ribeirão Preto.
A Rede Pão de Açúcar decidiu desligar as esteiras dos caixas, a rádio interna, as luzes das áreas administrativas, da fachada e dos totens. E nas lojas das Casas Bahia e do Ponto Frio todos os televisores, computadores e aparelhos de áudio à venda foram desligados por uma hora.
E quem se hospedou no Staybridge Suites São Paulo e participou do evento ganhou uma lanterna com luz de LED, mais econômica que as tradicionais, e sem uso de pilhas como agradecimento. Na edição 2011, pela primeira vez no País, um Tribunal de Justiça aderiu ao movimento: o do Estado da Bahia. Na Argentina, o famoso time Boca Juniors também se engajou: no último domingo, entrou em campo com uma faixa da Hora do Planeta antes da partida contra o Olimpo.
Portal Estadão
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