O cidadão do mundo Luiz Inácio Lula da Silva, que participa em Dakar, no Senegal, da 11a. edição do Fórum Social Mundial, discursou hoje criticando países e líderes do G-20, grupo dos países mais ricos, e afirmando que a África precisa de oportunidades, não de ajuda.
Abaixo alguns trechos do pronunciamento do ex-presidente.
"Não pensem que lá [G-20] tem sensibilidade para o problema da fome, para os pobres do mundo. Só fomos chamados para as reuniões dos países ricos porque eles estavam em crise e precisavam da nossa ajuda."
"No Fórum nos reunimos para dizer que um outro mundo é possível e necessário. Esse é um sonho que não vamos abandonar nunca.”
“É cada vez mais forte a consciência de que o Consenso de Washington faliu. Aqueles que com arrogância nos davam instruções não evitaram a crise. Hoje somos parte essencial e incontornável da solução da crise internacional.”
"Até recentemente predominava a tese de que o desenvolvimento só era possível para uma pequena fatia da população, qualquer esforço para afrontar a pobreza era visto, e ainda o é, como assistencialismo e populismo. A história está se encarregando de desmentir essas teorias. Felizmente já não predomina a tese do estado mínimo, mas não podemos substituir um neoliberalismo que faliu por um nacionalismo primitivo e autoritário.”
“É hora de colocar o desenvolvimento e a democracia no centro da agenda africana e mundial.”
"Não há soberania real sem soberania alimentar."
“Nos 29 países que visitei como presidente constatei a vitalidade com que esse continente irmão afirma seu desenvolvimento, sem ingerências externas e com democracia.”
“A África tem um futuro extraordinário, e esse futuro está chegando.”
Lula voltou a se desculpar pela escravidão no Brasil, como já havia feito em 2005. E pediu o reconhecimento de um estado palestino que seja “economicamente viável, socialmente integrado e que esteja em paz com Israel”.
“Mais do que ajuda, a África precisa de oportunidade.”
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